A Arena Fonte Nova, em Salvador, após reconstrução feita por Parceira Público Privada (Foto: Divulgação )

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira (26), a Operação Cartão Vermelho, com o objetivo de cumprir sete mandados de busca e apreensão no âmbito da investigação que apura irregularidades na contratação dos serviços de demolição, reconstrução e gestão do estádio Arena Fonte Nova.

Dentre as irregularidades que foram apontadas no inquérito policial, estão fraude na licitação, superfaturamento, desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro.

Conforme apurado durante as investigações, a licitação que culminou com a Parceria Público- Privada (PPP) foi direcionada para beneficiar o consórcio Fonte Nova Participações (FNP), formado pelas empresas Odebrecht e OAS.

A obra, segundo laudo pericial, foi superfaturada em valores que, corrigidos, podem chegar a mais de R$ 450 milhões, sendo grande parte desviado para o pagamento de propina e o financiamento de campanhas eleitorais.

Os mandados – expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região – são cumpridos em órgãos públicos, empresas e endereços residenciais dos envolvidos no esquema criminoso, e têm por objetivo possibilitar a localização e a apreensão de provas complementares dos desvios nas contratações públicas, do pagamento de propinas e da lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal informou que mais informações sobre a ação serão dadas em coletiva na sede da Superintendência da PF na Bahia às 10h, para dar mais informações sobre o caso.

Em decisão de 2016, o Pleno do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA) considerou ilegal o contrato no modelo de Parceria Público-Privada (PPP) que realizou a reconstrução da Arena Fonte Nova, em Salvador, para a Copa do Mundo de 2014. No parecer, os conselheiros do órgão consideraram que houve gastos excedentes nos custos das obras.

G1
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