Um manobrista da rede Well Park foi atropelado por uma cliente que se recusou a pagar o estacionamento localizado no Hospital Cardio Pulmonar, na Av. Garibaldi, em Salvador. O caso aconteceu por volta das 21h30 da sexta-feira (11).
Segundo a administração do Well Park, a cliente, que não teve a identidade revelada, foi informada de que havia ultrapassado o limite de 15 minutos de tolerância do estacionamento. Por conta disso, teria de pagar R$ 6.
Inconformada, ela teria dito que excedeu o tempo por conta de um outro cliente, que demorou de efetuar o pagamento. Ao ter a passagem impedida, ultrapassou a cancela, atropelando um dos funcionários de plantão.
O manobrista Marcílio Cardoso, 28 anos, foi parar debaixo do carro, modelo Livina, da Nissan. De acordo com um casal que passava pela avenida, ele gritava muito. "A gente passou e ouviu o cara, no chão, gritando: 'Por causa de R$ 6'", disse a mulher, que não quis ser identificada.
No Facebook, ela postou diversas fotos da situação e escreveu: "Não vi comoção, não ouvi desculpa, nem vontade de ajudar o rapaz e tentar contornar a merda que fez, sendo humana. Ela só quer ir embora daqui e esquecer o que fez. Enquanto o trabalhador grita de dor".
Segundo a assessoria do Cardio Pulmonar, as equipes médica e administrativa do hospital prestaram os primeiros atendimentos à vítima, que se apresentava consciente e sem sangramentos.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel (Samu), que já havia sido acionada, chegou ao local e encaminhou o manobrista ao Hospital São Jorge (UPA de Roma), já que o Cardio Pulmonar não é especializado em traumatologia. Após os exames, foi verificado que a vítima não sofreu nenhuma fratura, apenas luxações e escoriações. Logo depois, Marcílio foi liberado para casa e está de cinco dias de atestado médico.
"Ficamos um pouco tristes com a situação, né? Por causa de R$ 6 fazer isso com a pessoa", diz o gerente do Well Park André Siqueira. A condutora do veículo, funcionários do estacionamento e o casal que passava pelo local foram prestar queixa na Central de Flagrantes, no Iguatemi. No início da semana, o caso deve ser encaminhado para a 7ª delegacia, no Rio Vermelho, que dará seguimento às investigações. Todos os envolvidos deverão prestar novos depoimentos.
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