Uma americana, seu marido canadense e seus três filhos foram resgatados por tropas paquistanesas após passarem cinco anos como reféns de terroristas ligados ao Talibã. O casal havia sido sequestrado durante uma viagem a uma região montanhosa próxima a Cabul, capital do Afeganistão, em 2012.



Caitlan Coleman estava grávida quando foi capturada pela facção terrorista Haqqani. Seus três filhos nasceram durante o cativeiro.


Na quarta-feira (11), as agências de inteligência americanas tomaram conhecimento de que a família seria transportada para uma região tribal no noroeste do Paquistão, próxima à fronteira com o Afeganistão.


A informação foi repassada às forças armadas paquistanesas, que realizaram o resgate.


Autoridades paquistanesas informaram que os reféns foram resgatados com segurança e que serão repatriados para seu país.


Em meados de 2012, o casal partiu em uma viagem que passou pela Rússia, por países da Ásia Central como Cazaquistão, Tadjiquistão e Quirguistão e por fim pelo Afeganistão.


Os pais de Coleman, Jim and Lyn Coleman, tiveram notícias de seu genro pela última vez em 8 de outubro de 2012, quando ele teve acesso à internet em uma região do Afeganistão que descreveu como "insegura".


Em 2013, o casal apareceu em dois vídeos pedindo para o governo americano que os libertasse do Talibã.



APELOS

Em uma entrevista em julho de 2016 à agência de notícias Circa News, os pais de Coleman afirmaram que haviam recebido uma carta de sua filha em novembro do ano anterior, na qual ela contava que havia dado à luz um segundo filho no cativeiro.


Não se sabe se os avós tomaram conhecimento do nascimento do terceiro filho.


"Eu rezo para ter notícias de vocês, para saber como vai a vida de todo mundo", Caitlan Coleman escreveu.


Na entrevista, Jim Coleman apelou aos comandantes do Talibã para que fossem "bons e misericordiosos" e libertassem o casal.


"Como um homem, como um pai e, agora, como um avô, peço que vocês demonstrem clemência e libertem minha filha, seu marido e nossos lindos netos. Por favor, lhes dê a oportunidade de continuar suas vidas conosco", disse.


A rede Haqqani é considerada um grupo terrorista pelos Estados Unidos, mas também opera de forma similar a uma quadrilha.


Diferentemente da milícia Estado Islâmico, os Haqqani não costumam executar os reféns ocidentais, preferindo pedir resgates em dinheiro.


Em um comunicado divulgado nesta quinta (12), o Exército americano não informou quando a família foi libertada dos terroristas, mas afirmou que "o sucesso [da operação] ressalta a importância do compartilhamento de informações de segurança e também o compromisso do Paquistão de lutar contra essa ameaça comum através da cooperação ".


Os Estados Unidos têm criticado o Paquistão por não combater agressivamente os Haqqani, que estiveram por trás de vários ataques no Afeganistão contra os Estados Unidos e seus aliados.


Por Folhapres

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