Definitivamente, foi bem menos tenso do que a Mercedes previa. Se antes da corrida, a esquadra alemã já temia que o calor pudesse ‘esquentar’ de vez a batalha com Sebastian Vettel, uma vez que a Ferrari funciona melhor sob temperaturas mais altas. Só que a equipe italiana não foi muito além da quinta volta. Vettel enfrentou um problema de motor e abandonou, o que o coloca agora uma situação mais delicada, restando somente quatro provas para o fim. Já o tricampeão não tem do que se queixar.



Lewis Hamilton fez valer a pole e só não esteve na ponta durante a fase de pit-stops. Foi veloz quando necessário e cauteloso quando precisou lidar com o ímpeto de Max Verstappen, que, uma vez mais, esbanjou agressividade. O GP do Japão deste domingo (8), então, testemunhou a oitava vitória do #44 na temporada e a 61ª de uma carreira que agora se aproxima do tetracampeonato. Na tabela, são 59 pontos de vantagem para Vettel.


O pódio ainda teve Daniel Ricciardo. Valtteri Bottas completou em quinto. Já o brasileiro Felipe Massa terminou em décimo.



Confira como foi o GP do Japão de F1


O GP do Japão começou com temperaturas mais altas do que nos dois últimos dias e ainda mais quente quando as luzes se apagaram no grid de Suzuka. Mas antes de contar a largada, é importante saber que a escolha de pneus de cada piloto: dos 20 competidores, sete optaram por começar a corrida com os pneus macios. Fora eles: Valtteri Bottas, Kimi Räikkönen, Nico Hülkenberg, Jolyon Palmer, Marcus Ericsson, Pascal Werhlein e Carlos Sainz. Interessante que Fernando Alonso, último do grid, preferiu enfrentar uma estratégia parecida com a dos ponteiros e também saiu com os supermacios.


Dito isso, vamos à largada. Pole, Lewis Hamilton saltou melhor que Sebastian Vettel e já foi trazendo o carro para dentro, na tentativa de neutralizar qualquer ataque posterior do alemão, que se conformou com a segunda colocação. Atrás dos dois, Max Verstappen partiu em linha reta e assim se foi até a curva 1. A tática deu certo e rendeu ao holandês a posição de Daniel Ricciardo, que acabou ficando refém de um atrevido Esteban Ocon, que ainda aprontaria nos metros seguintes. Mais atrás, Nico Hülkenberg também endureceu a disputa com Kimi Räikkönen, forçando o finlandês a escapar da pista e cair no pelotão. Ainda na largada, Carlos Sainz perdeu a traseira da Toro Rosso já na saída da primeira curva e foi parar na brita, abandonando em seguida, o que forçou a entrada do safety-car logo de cara.


No entanto, pouco antes da intervenção do carro de segurança, Hamilton ainda conseguiu completar primeira volta em bandeira verde. Atrás dele, Vettel se via já sem potência - pouco antes da largada, a Ferrari precisou mexer no motor do carro, mas, até aquele momento, acredita-se que o problema havia sido resolvido - e foi perdendo posições, caindo para sexto.


Assim, a primeira volta tinha a seguinte ordem: Hamilton, Verstappen, Ocon, Ricciardo, Valtteri Bottas, Vettel, Sergio Pérez, Felipe Massa, Hülkenberg, Kevin Magnussen, Lance Stroll, Romain Grosjean, Pierre Gasly, Räikkönen, Jolyon Palmer, Marcus Ericsson, Fernando Alonso, Stoffel Vandoorne e Pascal Wehrlein. Enquanto isso, Sainz, com o carro na barreira de pneus, agradecia o tempo passado com a equipe italiana. O espanhol, a partir do GP dos EUA, já vai defender a Renault.


O SC deixou a corrida na volta 3. E Hamilton novamente escapou na frente, trazendo Verstappen e Ocon. Mais atrás, Vettel vinha andando lento, lento, depois de escapar na curva Degner e ser ainda ultrapassado por Massa. Não demorou nada, e o tetracampeão acabou levando a Ferrari de volta aos boxes. Era o fim da corrida para o alemão. Minutos depois, a Ferrari explicou que uma falha na vela de ignição do motor havia provocado o abandono.


Só que a corrida veria ainda uma nova paralisação na sequência. Na oitava passagem, Ericsson escapou também na Degner e foi parar lá na barreira de proteção, o que exigiu a ação do safety-car virtual para a retirada da Sauber do sueco. A interrupção durou apenas dois giros - tempo suficiente para a McLaren fazer a troca de pneus no carro de Vandoorne.


Assim, na volta 10, Hamilton pode acelerar o Mercedes #44 novamente. Verstappen tentava acompanhar, enquanto Ocon perdeu posições para Ricciardo e Bottas nas duas passagens seguintes. Mais atrás, Räikkönen vinha escalando o pelotão. O finlandês levou dez voltas para alcançar a quinta colocação da prova. Neste tempo, Massa aproveitou para ir aos boxes e buscar os pneus macios. Isso na volta 18. Ocon veio uma passagem depois. E Verstappen na seguinte - no retorno à pista, Max deu um chega para lá em Räikkönen para assumir o quarto posto.


Hamilton, que havia construído uma vantagem de 5s ao longo da primeira parte da corrida, parou na volta 23. O pit-stop da Mercedes foi preciso e devolveu o tricampeão à frente do holandês, mas atrás de Ricciardo e Bottas - detalhe aqui é que Valtteri vinha ainda com os pneus macios em uma tática diferente da dos rivais. Räikkönen também estava na mesma situação. Mas o ferrarista foi aos boxes muito antes, no giro 29.


Dessa forma, Ricciardo se tornou líder por algumas voltas até seu pit-stop na volta 26. Bottas virou líder, enquanto Hamilton e Verstappen em terceiro e quarto, respectivamente. O holandês, então, passou a andar mais rápido que o inglês. Aí Lewis começou a se queixar do ritmo mais lento do companheiro de equipe e pediu passagem. Foi prontamente atendido, enquanto o nórdico deu uma segurada no desempenho de Max. Assim foi até a parada do #77 na volta 33.


Com tudo em ordem novamente, Hamilton comandava o pelotão e vinha tentando abrir vantagem para Verstappen. Ricciardo guiava em terceiro, logo à frente de Bottas, Räikkönen, Hülkenberg, Ocon, Pérez, Palmer, Massa, Magnussen, Grosjean, Gasly, Stroll, Alonso, Vandoorne e Wehrlein. Destes, apenas os dois pilotos da Renault seguiam sem paradas. E a volta era a 35 de 53.


Enquanto Hamilton vinha andando com uma diferença de 2s5 para Verstappen na ponta, Ricciardo surgia solitário em terceiro - o australiano tinha 10s de desvantagem para o companheiro de Red Bull, mas aparecia com a mesma marca à frente de Bottas, que tinha 6s de dianteira para Räikkönen, que também andava sozinho.


Já Hülkenberg vinha travando uma dura batalha com Ocon, que só acabou com o pit-stop do alemão na volta 38 - mas a corrida do alemão acabou alguns giros depois por conta de uma falha na asa traseira.


Pérez, Palmer, Massa e Magnussen fechavam o top-10. Sendo que o inglês da Renault puxava a disputa até o 13º, que era ocupado por Gasly, Mais distante, Alonso era o 14º, à frente de Stroll, Vandoorne e Werhlein.


No fim, Hamilton levou a Mercedes até a oitava vitória.


Fonte: Grande Prêmio

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