O presidente da Câmara Municipal de Jaguarari, Márcio Gomes (PSDB), realizou em tempo recorde o acolhimento de denúncia e votação para abertura de Comissão Parlamentar Processante contra o prefeito da cidade, Everton Rocha (PSDB). A ação causou mais polêmica ainda porque a população teria sido impedida de participar da sessão da ultima quinta-feira (30). Com as portas fechadas e distribuição de senhas, o ato foi realizado com cadeiras vazias e a contenção policial para impedir a entrada da população que protestou em massa do lado de fora.



“A gente vai à Câmara que diz que é a casa do povo, cheguei lá tinha a polícia. Nós íamos ouvir e fomos impedidos de entrar lá. Eu não esperava isso não, nós somos pais de família e não bandidos.”, desabafou um morador com faixas e cartazes na mão.Segundo o especialista em Direito Eleitoral, Ademir Ismerim, no teor da acusação, está a alteração de um modelo de veículo de um mesmo dono. Este teria sido o argumento para o impeachment de Jaguarari.


“Houve uma licitação e a RGB Transportes ganhou. A empresa que ganhou tinha uma Montana. Só que a Prefeitura reclamou que esse carro não estava em nome do proprietário do contrato. Então, a Controladoria do Município pediu que ele regularizasse a questão do veículo. Aí, a empresa substituiu (no contrato) por um veículo Doblô. Ou seja, rodava a Montana e quando a Prefeitura pagava era como se fosse a Doblô. Essa é a questão. O serviço foi prestado pela Montana, mas o Doblô que era o documento cadastrado na RGB. Não é a Prefeitura que cadastra os carros e sim a empresa que faz a licitação. Então, a empresa que fez a licitação fez a coisa errada. Ela tinha um carro que não estava cadastrado rodando e o que estava cadastrado não rodava”, explicou Ademir.


“O processo causa perplexidade por conta da insignificância das alegações para o fim pretendido, onde a vontade da maioria da população fica submetida à vontade de alguns vereadores”, criticou o advogado.


Não bastasse o teor da denúncia não ser sólido, ela ainda foi apresentada na Câmara pelo ex-prefeito Alberto Sá, que foi condenado pelo Tribunal de Contas a devolver mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos. O ex-prefeito e oponente político de Everton Rocha encaminhou a denúncia para a Câmara de Vereadores.


Fonte: Informe Baiano

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