João de Deus segue desaparecido após ter sua prisão preventiva decretada pela Justiça de Goiás. Em nota de esclarecimento, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) informou que o médium não havia sido localizado até as 18h desta sexta-feira, 14, quando passou a ser considerado um foragido.

O pedido de prisão preventiva foi feito pela Polícia e aceito pela Justiça de Goiás. Caso não seja encontrado, é possível que o líder espiritual passe o sábado e domingo em sua casa, na cidade de Abadiânia, no interior de Goiás, já que não é permitido que a polícia cumpra mandados em residências durante finais de semana.

Advogados negociam apresentação

Na tarde de sexta-feira, o coordenador geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes de Almeida, disse que havia a expectativa de que a prisão acontecesse ainda nesta sexta-feira. Fontes ligadas ao caso afirmam que a equipe de advogados de João de Deus estaria negociando sua apresentação à Polícia para esta noite.

Mais cedo, o advogado de defesa do líder espiritual, Alberto Toron, afirmou que apresentaria um pedido de habeas corpus para garantir a liberdade de seu cliente. Porém, no fim da tarde, o advogado Thales Machado, que também faz parte da equipe que defende João de Deus, afirmou em entrevista ao O Globo, que independente do resultado da liminar contra a prisão “o médium iria se entregar”.

Testemunha-chave deixou o país

O pedido de prisão preventiva do médium foi fundamentado em dois argumentos. Para o MP, em liberdade, o médium poderia coagir as testemunhas e fazer novas vítimas.

Também nesta tarde, CLAUDIA teve acesso à informação de que uma testemunha-chave no caso deixou o Brasil às pressas. A mulher, que vive na região Sul do país, se dirigia a uma delegacia para prestar a queixa-crime sobre abuso e outros crimes cometidos pelo líder espiritual. Porém, foi ameaçada por pessoas supostamente ligadas ao médium e precisou fugir.

A denúncia foi feita por Maria do Carmo Santos, presidente do Grupo Vítimas Unidas, que junto à ativista social Sabrina Bittencourt, tem recebido relatos e prestado apoio às vítimas que ainda não acionaram o Ministério Público. A própria Maria do Carmo esteve nesta tarde com um promotor para entregar um depoimento gravado e algumas provas e informações que recolheu com a testemunha. “Essas mulheres estão aterrorizadas, temem pela sua segurança e a de seus familiares, com toda a razão”, disse Maria do Carmo.

Fonte: Revista Claudia
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