Uma mulher de 44 anos e o filho dela recém-nascido morreram em Salvador, no domingo (22), em Salvador, após parto realizado na maternidade Albert Sabin, localizada no bairro de Cajazeiras. A família de Josefina dos Santos e do bebê denunciaram que as mortes foram resultado de negligência médica e registraram o caso na 13ª Delegacia de Polícia Civil.

Os enterros da mulher e do recém-nascido estão previstos para ocorrer às 11h, desta terça-feira (24), no cemitério de Plataforma.

De acordo Leila Paulo Cruz, uma das cunhadas de Josefina, a mulher começou a sentir dores e foi para maternidade no dia 9 de dezembro. Na ocasião, ela foi internada, ficou cerca de uma semana na unidade de saúde e foi liberada.

"A equipe insistiu para liberar ela, mas meu irmão foi na assistente social e conseguiu que ela ficasse mais um dia. Depois ela saiu, mas ainda sentindo muita dor. Não conseguia botar o pé no chão", contou.

No entanto, no último sábado (21), por volta das 23h, familiares contam que as dores pioraram e Josefina começou a sofrer sangramentos. Ela seguiu novamente para a maternidade Albert Sabin, onde foi atendida às 2h, de acordo com os familiares.

"Insistiram para que ela fizesse parto normal. Uma médica ainda fazia chacota dela. Ficava falando: "Faz força, Josefina". Depois, descobriram que o bebê estava atravessado. Veio um terceiro médico e disse que não tinha como ter parto normal. De tanto forçar para o menino sair, o útero dela estourou. Pegaram ela, colocaram na cadeira de rodas e uma poça de sangue acumulou no chão", relatou Leila.


Leila contou que a cunhada precisava passar por uma cirurgia cesária, mas por ela ter tido oito filhos, a equipe médica forçou parto normal.

"O bebê morreu. O menino tinha 3,4 kg. Josefa fez todo o pré-natal, mas o bebê morreu. Avisaram que Josefa estava entre a vida e a morte. No domingo (22), ela foi encaminhada para a UTI da maternidade José Maria de Magalhães Neto, no bairro do Pau Miúdo, onde acabou morrendo", relatou Leila.

O G1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde do EStado da Bahia, responsável pela maternidade Albert Sabin, que ficou de se posicionar sobre o assunto.

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