O Ministério da Saúde acaba de anunciar uma parceria para a pesquisa e produção nacional de uma vacina contra Covid-19. A vacina em questão é a mesma que começou a ser testada em profissionais de saúde de São Paulo. Ela é desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, e pela farmacêutica AstraZeneca. 

A pasta informou em um comunicado que o governo federal aceitou a proposta feita pela embaixada britânica e pela empresa para a cooperação no desenvolvimento tecnológico e, junto com ele, o acesso do Brasil à vacina ChAdOx1. 

Esse acordo prevê a compra de lotes da vacina e da transferência de tecnologia. A previsão inicial é da entrega de 30 milhões de doses em dois lotes: 15 milhões em dezembro deste ano e 15 milhões em janeiro de 2021. 

A tecnologia será desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). "Os estudos preliminares de fase 1 e 2 mostram que tem uma resposta bastante significativa, mas se os estágios clínicos não se mostrarem seguros, teremos aprendido com o avanço tecnológico", disse o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros. 

No texto, o Ministério da Saúde esclareceu que o acordo tem duas etapas. A primeira consiste na encomenda de frascos da vacina e que o país assuma os custos de parte da pesquisa. Com isso, o Brasil se compromete a pagar pela tecnologia, ainda que não tenham se encerrado os estudos clínicos finais. 

Na segunda etapa, se a vacina for comprovada segura, a estimativa é de que mais 70 milhões de doses sejam compradas no valor estimado de US$ 2,30, o equivalente a R$ 12,60 por dose. 

"Nessa fase inicial, de risco assumido, serão 30,4 milhões de doses da vacina, no valor total de U$ 127 milhões, incluídos os custos de transferência da tecnologia e do processo produtivo da Fiocruz, estimados em U$ 30 milhões", diz outro trecho do comunicado. 

Apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a mais promissora, a vacina de Oxford está na fase 3 de desenvolvimento, a última antes da aprovação e distribuição.

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