Depois de mais de duas horas de debate os senadores finalmente elegeram Omar Aziz (PSD-AM) para a presidência da CPI da Covid. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) é o vice-presidente da comissão. Aziz indicou Renan Calheiros (MDB-AL) como relator.

Durante toda a manhã senadores governistas obstruíram o início da votação levantando a liminar que impedia que Calheiros fosse o relator. Marcos Rogério (Podemos-CE) disse que a CPI perderia credibilidade se Calheiros fosse relator. Para ele, o senador não seria imparcial pelo fato de seu filho ser governador de Alagoas. A comissão pretende investigar erros e omissões do Planalto, mas também uso de recursos em estados e municípios.

Jorginho Mello (PL-SC) levantou questão de ordem contra a indicação de Renan Calheiros para a relatoria. Enquanto os parlamentares debatiam, o TRF derrubou a liminar que impedia a indicação.

Alguns senadores ainda levantaram que o momento da CPI não era oportuno, entre eles Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que não é integrante da CPI, mas acompanhava a discussão. O filho do presidente alegava que a comissão semipresencial desrespeitava os protocolos sanitários e colocava os parlamentares em risco. O argumento foi usado um dia depois de o próprio presidente da República causar aglomeração, sem máscara, na Bahia.

A argumentação de Flávio foi rebatida por Eduardo Braga (MBD-AM). "Eu fico feliz que vossa senhoria está de máscara, tem um álcool em gel na sua frente, mas durante o fim de semana o ex-ministro Pazuello andou sem máscara em um shopping do meu estado", retrucou o senador do Amazonas.

Após a eleição, o presidente Omar Aziz disse que não havia senador pela metade e confirmou a indicação de Renan Calheiros para a relatoria. Dado o tamanho da apuração, algumas sub-relatorias devem ser criadas e nesse caso Calheiros pode evitar, caso queira, liderar investigações contra o estado de Alagoas.

Fonte: BandNews TV

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