Um grupo formado por aproximadamente doze voluntários, dentre eles guias turísticos, estudantes, apreciadores da fauna e flora da região, além de um visitante, fez mais uma limpeza no Parque Municipal da Macaqueira, em Jacobina, no último domingo (26). 

Ao Jacobina Notícias, um dos participantes demonstrou preocupação com o problema. Eles encontraram animais mortos no Parque, preservativos, plásticos que usuários de drogas deixaram pelo caminho e até restos de uma bicicleta.  Em nota, eles detalham questões importantes, citam o problema da falta de segurança no local e pontuam o que acreditam ser necessário para um avanço na preservação ambiental em Jacobina:

"E chegou-se à mesma conclusão que outros grupos ambientalistas chegaram há mais de vinte anos atrás: é preciso acontecer uma parceria entre esses voluntários e os órgãos ambientais responsáveis (Secretaria de Meio Ambiente, Codema, Inema, Secretaria de Turismo do Estado, Yamana Gold, TEN dentre outros) para que se possa alcançar um resultado mais satisfatório. 

Mesmo porque, como todos sabem, segundo a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 225: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum e coletivo”. E todos têm também o dever de preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Esses órgãos e empresas precisam e devem chegar junto nessas ações e apoiar com materiais e pessoas, já que o Parque não tem um sistema de manejo, conservação e fiscalização adequado. 

Não adianta fazer uma guarita na entrada do Parque como a gestão anterior fez e deixá-la abandonada. O grupo vem percebendo que algumas vezes ela é ocupada temporariamente por andarilhos e hippies que estão de passagem pela cidade. Sem contar a depredação da mesma por vândalos e desocupados que é constante. 

Se não há uma vigilância e fiscalização, consequentemente há depredação do patrimônio público. Na nossa região podemos citar mais um exemplo nesta direção. O povoado de Itaitu, nos últimos anos, vem observando um boom imobiliário e o consumo de bens e festas em detrimento à preservação ambiental e da cultura; isso tem preocupado muito os moradores mais antigos e tradicionais. 

Queremos sim ver o desenvolvimento de nossa cidade e região, mas isso precisa e deve ocorrer paralelamente ao desenvolvimento sustentável e ao esforço na preservação de nosso meio ambiente, cultura e tradições populares (Por Márcio Melo / Professor e escritor)".

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