Morreu nesta segunda-feira (21) o sexto preso baleado durante a rebelião na Penitenciária Lemos Brito, que fica no Complexo Penitenciário de Mata Escura, em Salvador, no domingo (20). Segundo o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Nestor Duarte, o homem foi atingido no rosto e estava internado no Hospital Geral do Estado (HGE).

O nome do último detento que morreu não foi divulgado. Com este óbito, desde para 16 o número de feridos durante a rebelião.

De acordo com Nestor Duarte, 10 presos foram transferidos para o Conjunto Penal, que também fica no Complexo Penitenciário de Mata Escura, para não ter contato com os outros detentos.

O secretário explicou que a presença deles no mesmo pátio foi identificada como grave, o que motivou a transferência. Outros presos estão sendo ouvidos.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a rebelião. Nesta segunda, uma revista foi feita dentro do complexo e uma pistola foi encontrada dentro de uma das celas.

Apesar dos dados da Seap, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) informou que fez um levantamento onde aponta que 38 detentos ficaram feridos durante a rebelião. O órgão estadual explica que os dados são resultados de informações levantadas em unidades de saúde que atenderam os presos.

O MP disse ainda que está considerando todo os feridos, de alta e baixa gravidade. Com base nessas informações, o Ministério Público vai instaurar um inquérito para investigar as causas que levaram o conflito na unidade prisional. Esse procedimento deve durar 90 dias, podendo ser prorrogado por mais três meses.

Rebelião

A rebelião aconteceu na tarde de domingo (20) e foi controlada no início da noite. Quatro internos morreram ainda no local e o quinto morreu no Hospital Geral do Estado (HGE), para onde foi socorrido em estado grave.

Os 16 detentos feridos também foram socorridos para unidades médicas que não foram divulgadas. Os nomes deles não foram divulgados. Segundo o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Nestor Duarte, o motim foi causado por uma briga entre criminosos de facções rivais.

Durante a rebelião, houve também uma tentativa de fuga. Os detentos atacaram policiais penais, usando facas e facões. Alguns dos presos também tinham armas de fogo, mas os detalhes sobre esses equipamentos não foram divulgados.

No momento da rebelião, apenas três agentes penitenciários trabalhavam na unidade. O policiamento no presídio foi reforçado por equipes dos Batalhões de Choque e de Patrulha Tático Móvel (Patamo) da Polícia Militar, nesta segunda.

A Penitenciária Lemos Brito abriga apenas presos homens, já condenados em regime fechado. Com base em dados divulgados pela Seap, contabilizados até o dia 17 de fevereiro, a unidade tem 1.116 internos – um número que excede a capacidade de 771 vagas.

No domingo, ainda durante a rebelião, familiares de internos estiveram no local e protestaram em frente ao complexo penitenciário, pedindo informações sobre a situação dos presos.

O Sindicato dos Rodoviários chegou a suspender a circulação dos ônibus na região, mas o transporte foi normalizado no mesmo dia.

Fonte: g1

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