A nutricionista Esperança Cedraz Brandão, de 37 anos, que foi baleada durante uma tentativa de assalto em Salvador, deixou o hospital e seguirá tratamento em casa. Ela recebeu alta no início da tarde de sábado (30) e a informação foi confirmada pela família na manhã deste domingo (31).

Esperança foi ferida enquanto chegava para trabalhar no Hospital Santa Izabel, na região de Nazaré. Dois homens a abordaram para tomar o carro de assalto, e atiraram mesmo sem que ela reagisse. Depois de dispararem contra a nutricionista, eles fugiram do local, mas ambos já foram presos - o primeiro foi detido em flagrante logo após o ocorrido.

O crime ocorreu em 22 de julho, e desde então a vítima seguia internada. Ela chegou a ficar em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas deixou o leito três dias depois de dar entrada no hospital.

O marido da nutricionista, Marlos Carvalho, detalhou que, nos últimos dias, a mulher evoluiu gradativamente. Ela passou por cirurgias para remover estilhaços de vidro que atingiram um dos olhos e, ainda deve precisar de mais alguns procedimentos no outro.


Os suspeitos atiraram contra o rosto da vítima e uma bala ainda está alojada na face, perto do maxilar, segundo Marlon. Ele disse que os médicos ainda não podem informar se será possível remover o projétil e não detalhou se ela corre o risco de perder a visão.

Conforme Marlon, após receber alta, Esperança seguirá em tratamento diariamente com uma esquipe multidisciplinar no Hospital Santa Izabel, onde trabalha e estava internada. Entre as terapias que serão aplicadas está a extirpação de um nervo do rosto, onde a bala está alojada, e também na área dos olhos para que não fique nenhuma sequela.

Investigação

O segundo suspeito de envolvimento na tentativa de assalto contra a nutricionista foi preso na sexta-feira (29), em Salvador , após se apresentar na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, que cumpriu o mandado de prisão expedido contra ele. O homem estava companhia de advogados.

O suspeito foi identificado como Gilvan dos Santos, de 21 anos. De acordo com o delegado Maurício Moradillo, responsável pela investigação do caso, na quinta-feira (28), a Polícia Civil fez uma operação para tentar prendê-lo na casa onde ele estaria escondido, mas Gilvan não foi encontrado e decidiu se apresentar no dia seguinte.

O crime aconteceu no dia 22 de julho e o primeiro suspeito foi detido em flagrante. Ainda conforme o delegado, até o momento nenhum dos dois assumiu a autoria dos disparos e a Polícia Civil segue investigando o caso para identificar quem efetuou o tiro. Existe a possibilidade de ser realizada uma reprodução simulada dos fatos, popularmente conhecida como reconstituição, para esclarecer a situação.

A arma utilizada no crime ainda não foi encontrada pela polícia, nem a roupa que o segundo suspeito preso vestia quando participou da tentativa do assalto. Conforme testemunhas, ele e o comparsa estavam trajados com macacões de operários.

Por g1

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