Os incêndios florestais na região de Valparaíso, no centro do Chile, e em Viña del Mar, já deixaram 112 mortos, segundo dados do Serviço Médico Legal (SML) do país, divulgados na noite desse domingo (4). Mais de 3 mil casas foram destruídas pelos incêndios, segundo as autoridades chilenas. Cerca de 370 pessoas estavam desaparecidas em Viña del Mar, disse a prefeita Macarena Ripamonti.

Mais cedo, em pronunciamento em rede de televisão durante visita à Quilpué, uma área de colinas povoadas nos arredores de Viña del Mar, o presidente do Chile, Gabriel Boric, afirmou que o número de mortos deve aumentar. "Sabemos que vai crescer significativamente", afirmou Boric.

Ele decretou luto nacional por dois dias a partir desta segunda-feira (5) e determinou envio de ajuda militar e de saúde à região. Segundo Boric, os incêndios florestais deste fim de semana são a maior tragédia que o país enfrenta desde o terremoto de 27 de fevereiro de 2010.

Suspeita de incêndios criminosos

O governador regional de Valparaíso, Rodrigo Mundaca, disse à imprensa que as autoridades suspeitam que alguns dos incêndios foram intencionais. Boric disse que as autoridades estão tentando identificar os responsáveis, mas prometeu aplicar o poder da lei sobre eventuais responsáveis.

O governo pediu às pessoas que evacuem várias cidades ao redor de Valparaíso, e as autoridades estabeleceram toques de recolher noturnos para evitar saques e garantir que as estradas estejam livres para veículos de emergência.

Os incêndios no Chile ocorrem dias depois de a Colômbia, no extremo norte da América do Sul, ter sido atingida por incêndios florestais. Tanto a Colômbia quanto o Chile enfrentam temperaturas extremas no último mês em decorrência da intensidade do fenômeno climático El Niño.

Fonte: Diário do Nordeste/Estadão

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