Segundo a polícia, a vítima estava no bairro Ubirajara Brito quando foi alvo de uma agressão. Com base nas marcas, a investigação aponta que ela foi atacada com uma pedra, mas nenhum objeto foi encontrado no local, informa a polícia. Um laudo deve apontar a real causa do ferimento que causou a morte da educadora.
De acordo com a Polícia Militar, moradores localizaram a vítima caída no chão da rua e acionaram a polícia. Chegando ao local, a mulher ainda estava viva e foi levada até o Hospital Frei Ricardo, mas não resistiu aos ferimentos. Arlinda Santos Ferreira era professora da Escola Municipal Archimedes Ernesto da Silva e ensinava na turma da alfabetização. As aulas foram suspensas.
Segundo moradores de Itabela, Arlinda atuava no ramo da educação há muitos anos e era bastante querida por todos.
"Era uma grande alfabetizadora. É professora da rede municipal há muito tempo. Nós estamos recebendo as crianças em sala, explicamos para elas que estamos de luto e liberando. Pela tarde, nós vamos fazer a mesma coisa", explica a diretora da unidade de ensino, Edna Romado.
Investigação
O delegado Hermano Costa, que está à frente das investigações, aponta que a principal hipótese sobre o crime é que tenha havido motivação passional. De acordo com relato do delegado, a professora vivia com uma mulher, sua companheira, que está foi procurada para esclarecimentos.
Em depoimento, no fim da tarde desta quinta (16), a mulher, que não teve o nome revelado, falou para o delegado que depois que saiu do presídio o ex-namorado passou a procurá-la, querendo retomar a relação. "Ela aceitou. Os dois chegaram a se mudar pra São Paulo. Ele prometeu que tinha emprego pra ela lá. Mas como não tinha trabalho algum, ela resolveu voltar pra Itabela e ele veio atrás", afirmou o delegado.
Segundo a polícia, a vítima, o suspeito e a ex-namorada tiveram uma discussão horas antes da morte da professora, pois o homem não aceitava o relacionamento entre as duas mulheres. "Ele ameaçou de morte a ex e a professora", frisou Hermano Costa.
Ainda de acordo com o delegado, o homem que planejou o crime responde em liberdade pela morte de um tio, em Porto Seguro-BA, e foi solto do presídio de Eunápolis-BA há um mês. As investigações indicam que a professora mantinha um relacionamento com a ex-namorada do suspeito, que deve ser indiciado.
A pedra usada no assassinato da professora, que teve a arcada dentária destruída -, foi apreendida. O material, sujo de sangue, vai passar por perícia. A professora, que era irmã de um ex-vereador, foi enterrada por volta das 17h desta quinta-feira (16), no Cemitério Municipal de Itabela.
Fonte: Radar64
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