[dropcap]A[/dropcap] Petrobras informou nesta quarta-feira ter assinado um contrato de financiamento com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB), no valor de US$ 3,5 bilhões. A operação foi concluída um dia após a companhia ter anunciado a venda de ativos na área de exploração e produção de petróleo na Argentina por US$ 101 milhões.


Petrobras faz empréstimo de US$ 3,5 bilhões com banco chinês


Às 11h50m, as ações ordinárias e preferenciais da empresa subiam com força na Bolsa de Valores de São Paulo: em torno de 5%. Segundo um especialista, essa operação mostra o esforço da nova direção em captar recursos para melhorar o caixa da companhia.


Com limites para realizar captações no mercado, em meio a denúncias de corrupção que envolvem a empresa, a Petrobras disse anteriormente que estudava “outras possibilidades de financiamento e incremento de fluxo de caixa”, até para fazer frente aos pesados investimentos projetados. A estatal não conseguiu até agora publicar seu balanço auditado de 2014.


Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o contrato de financiamento assinado hoje na China é o primeiro de um acordo de cooperação que será implementado ao longo de 2015 e 2016. A operação foi fechada durante visita do diretor financeiro, Ivan Monteiro, à China.


A estatal explica que o contrato de financiamento foi assinado pela a Petrobras Global Trading BV (PGT), subsidiária da Petrobras. Segundo a Petrobras, “as duas partes confirmaram a intenção de desenvolver novas cooperações no futuro próximo.”


A estatal afirma ainda que o contrato é um importante marco para dar continuidade à parceria estratégica com a China, para quem a estatal exporta petróleo, “fortalecendo as sinergias entre as economias dos dois países”.


A Petrobras não informou as condições e taxas do financiamento chinês, nem se está atrelado à compra de equipamentos na China.


Em maio de 2009, a estatal e o CDB fecharam empréstimo de US$ 10 bilhões, com prazo de dez anos. Os recursos seriam utilizados para financiar o plano de investimento da estatal brasileira e incluía a compra de bens de capital e serviços de empresas chinesas. Esse mesmo contrato previa o incremento das exportações de petróleo para a Unipec Asia, subsidiária da Sinopec.


Fonte: O Globo

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