O pavilhão 10 do Conjunto Penal de Feira de Santana ficou destruído após a rebelião iniciada no domingo (24) por conta de uma briga entre duas gangues rivais. Os detentos fizeram 49 parentes reféns, reviraram as celas, destruíram colchões e há manchas de sangue no local. Nove presos foram assassinados e quatro ficaram feridos.


Veja como ficou o pavilhão 10 após a rebelião no presídio de Feira de Santana


A Comissão de Vistoria da Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia (OAB-BA) esteve no presídio na manhã de terça-feira (26) e questionou o motivo pelo qual os grupos rivais estavam no mesmo pavilhão e como as armas de fogo entraram no presídio. Dezessete detentos do pavilhão foram transferidos para o Presídio de Segurança Máxima de Serrinha. Os demais não estão podendo receber visitas até o momento.



Falhas na segurança


O coordenador geral do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb), Geonias Santos, afirmou que existem diversas falhas no sistema de segurança da unidade prisional. De acordo com ele, essas falhas já haviam sido denunciadas para diversos órgãos envolvidos na administração penitenciária e na execução penal, mas nenhuma providência foi tomada.


Veja como ficou o pavilhão 10 após a rebelião no presídio de Feira de Santana


“O sindicato infelizmente não tem nas mãos o poder da solução, entretanto nosso papel tem sido denunciar. Há cerca de uma semana, os servidores, por perceberem que situações como essa poderiam acontecer, se juntaram com o sindicato e fizeram um relatório, onde denunciavam a incapacidade de haver mais presos na unidade prisional. Esse relatório foi apresentado com a seguinte decisão: os servidores decidiram, por conta própria, não receber mais presos vindos de delegacias das regiões em que Feira de Santana faz parte”, afirmou.


De acordo com Geonias Santos, outras situações de rebelião podem voltar a acontecer, pois, conforme afirmou, os pavilhões continuam lotados, além de o presídio ter uma estrutura frágil. O sindicalista ainda alertou para outras deficiências, como a falta de câmeras de vigilância, vários pontos cegos e muros muito baixos.


“Quando os presos estão encurralados ou em fuga, eles conseguem pular o muro. A gente denunciou há um tempo que os agentes fizeram uma ‘vaquinha’ do próprio bolso para levantar o muro da unidade. Infelizmente o dinheiro acabou antes de levantarem o muro do pavilhão 10, onde ocorreu a rebelião. Depois do evento, o secretário disse que os agentes seriam ressarcidos, mas isso era apenas uma resposta pública e não um fato a ser consumado. A fragilidade desse presídio é muito grande e corremos sérios riscos de outras rebeliões acontecerem, pois as guaritas não vigiam os presos, são pontos cegos que se estendem ao longo do presídio de Feira”, destacou Geonias Santos.



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