Responsável por editar o site Brasil 247, a editora 247 teria recebido R$ 180 mil desviados da Petrobras, de acordo investigações da Operação Lava Jato. O site, representado pelo jornalista Leonardo Attuch, recebeu o valor sem a prestação de qualquer serviço e tratou-se de uma operação "para dar legalidade ao apoio que o Partido dos Trabalhadores dava ao blog mantido por Attuch". Isto, pelo menos, é o que afirmou um dos delatores do esquema, Milton Pascowitch.




[caption id="attachment_21850" align="aligncenter" width="620"]Editora de site 'Brasil 247' recebeu propina de Vaccari, afirma Sérgio Moro O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto(Cadu Gomes/AP)[/caption]


De acordo com o jornal O Globo, os pagamentos foram feitos nos meses de setembro e outubro de 2014. Milton Pascowitch relatou em seu depoimento de delação premiada que repassou, por meio de sua empresa de consultoria Jamp, valores para a empresa Consist Software destinados ao Partido dos Trabalhadores, através de João Vaccari. Nesse operação, eram usados contratos de consultoria simulados entre a Jamp e a Consist no total de R$ 15 milhões. Os contatos com a Consist, eram feitos com o presidente da empresa Pablo Alejandro Kipersmit e com o diretor jurídico Valter Silverio Pereira.


O juiz sustenta que parte dos valores dessa propina teriam sido direcionados, a pedido de João Vaccari, para a Editora 247, por meio de simulação de contrato de prestação de serviço. De acordo com depoimento de Pascowitch, não houve qualquer serviço prestado pela Editora 247. "Na reunião que tive com Attuch ficou claro que não haveria qualquer prestação de serviço, mas que era uma operação para dar legalidade ao 'apoio' que o Partido dos Trabalhadores dava ao blog mantido por Leonardo".


Pascowitch disse também que o valor pago foi "abatido" do montante que estava à disposição de João Vaccari referente ao contrato da Consist. Milton Pascowitch disse ter provas da troca de emails entre Attuch e José Adolfo, irmão de Pascowitch, que mostram os pagamentos e a emissão de notas fiscais.


O contrato da Jam com a Editora 247 foi realizado no dia 12 de setembro de 2014 "visando a produção de conteúdo jornalístico e de estudos especiais na área de infraestrutura, para publicação no jornal eletrônico 247".


Editora de site 'Brasil 247' recebeu propina de Vaccari, afirma Sérgio Moro


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