O Dia da Consciência Negra é marcado nesta sexta-feira, 20, em Salvador por uma série de ações comemorativas. Shows, caminhadas, oficinas de teatro, palestras e exposições artísticas fazem parte da programação organizada.


Dia da Consciência Negra é lembrado nesta sexta-feira (20)


No Pelourinho, no Largo Pedro Archanjo, o grupo I.F.Á Afrobeat! apresenta  às 21h um som de manifesto de afirmação inspirado na música de matriz africana. Antes, no  Largo Tereza Batista, às 20h, a banda Diamba inicia o show intitulado Porque Alma Não Tem Cor, com a participação do bloco afro Muzenza.


Nas ruas, a população pode acompanhar a 15ª Caminhada da Liberdade, que parte do Curuzu em direção ao Pelourinho, às 15h. Do Campo Grande, no Centro da cidade, também às 15h, sai a XXXVI Marcha Zumbi dos Palmares em direção à Praça Municipal.



Artes


No Cineteatro Solar Boa Vista, localizado no bairro do Engenho Velho de Brotas, estão em exposição até domingo obras da Mostra Artes do Engenho.


O Museu de Arte da Bahia, localizado no Corredor da Vitória, apresenta até o dia 30  a exposição Faces, do fotógrafo baiano Álvaro Villela, retratando os  quilombolas nas comunidades da Barra e do Bananal.


Para o diretor-executivo do Instituto Mídia Étnica, Paulo Rogério, além de comemoração, a data marca um momento de reflexão para a sociedade.


"É um marco a ser lembrado, um dia para se pensar nos novos passos da luta contra o racismo, nos problemas que atingem a comunidade negra e de como superar esses problemas", diz Rogério. A data do Dia da Consciência Negra é alusiva à morte  de Zumbi dos Palmares, símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil.


Nesta quinta, 19, o Coletivo de Entidades Negras (CEN) organizou o seminário Liberdade Religiosa e o Sistema de Justiça para iniciar as atividades da 11ª edição da Alvorada dos Ojás.


Membros do movimento negro, representantes da Defensoria Pública  e do Tribunal de Justiça da Bahia se reuniram no  Hotel Sheraton, no Campo Grande, para debater a  conscientização pela vida e liberdade religiosa do povo negro.


"Estamos preocupados com o aumento da intolerância religiosa no Brasil. Precisamos trazer à sociedade o que deve ser feito para solucionar esses problemas. Quais caminhos devemos seguir para ter acesso à justiça em busca de igualdade", conta o coordenador-geral do CEN, Marcos Rezende.


À noite, líderes religiosos e filhos de santo se concentraram no terreiro Tumba Junçara, no Engenho Velho de Brotas, e seguiram para a amarração dos ojás (tecidos sagrados do candomblé) em árvores do Dique do Tororó, Campo Grande, Corredor da Vitória e no bambuzal do Aeroporto.  Eles pediram paz e tolerância religiosa.


A Tarde

Comentários

Postagem Anterior Próxima Postagem