O temporal que adiou o confronto entre Argentina e Brasil, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, foi tão forte que em apenas duas horas acumulou uma quantidade de água que equivale ao que pode chover em dez dias de novembro no sistema Cantareira, o mais afetado pela crise hídrica que abate o Estado de São Paulo.




[caption id="attachment_28632" align="aligncenter" width="622"]Estádio de jogo entre Argentina e Brasil recebeu equivalente a dez dias de chuva na Cantareira Integrante de emissora de TV anda no alagado Monumental de Nuñez (Foto: EFE)[/caption]


Segundo as autoridades argentinas, no bairro de Nuñez, onde fica o estádio Monumental, palco da partida que agora acontecerá nesta sexta-feira, choveu entre 18h e 20h (pelo horário argentino) 56 milímetros.


Segundo dados da Sabesp, a companhia de água e abastecimento paulista, a média histórica de chuvas para a região onde está o sistema Cantareira para novembro inteiro, já dentro da temporada de chuvas, é de 160 milímetros. Assim, sobre o estádio argentino a precipitação em apenas duas horas foi o equivalente a 10 dias de chuva na Cantareira.


Com esse dilúvio, o gramado virou uma piscina, mas no horário em que a partida deveria acontecer ele já apresentava boas condições.


O problema maior era para os torcedores que pretendiam ir ao estádio. Nas ruas próximas ao Monumental, áreas alagadas faziam a água bater praticamente nos joelhos das pessoas. Linhas de trem e metrô ficaram paralisadas.


"Houve bom senso. Com esse clima, o espetáculo não seria o mesmo", disse Ricardo Oliveira, atacante da seleção brasileira, defendendo o adiamento do jogo.


Nesta sexta-feira, a previsão é que o tempo melhore a partir do início da tarde. O jogo está marcado para acontecer às 21h locais (22h de Brasília).


Estádio de jogo entre Argentina e Brasil recebeu equivalente a dez dias de chuva na Cantareira

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