Um adolescente foi morto com um tiro na cabeça quando passava pela Baixa dos Sapateiros, no Centro de Salvador, no último sábado (9). O crime aconteceu por volta das 18h50, quando o garoto, de aproximadamente 13 anos, foi surpreendido por dois homens que estavam numa motocicleta. Após os tiros, os suspeitos fugiram.


Adolescente é morto com tiro na cabeça no centro de Salvador


Segundo informações do delegado Adailton Adan, titular da 1ª Delegacia (DT/Barris), o crime tem ligação com a disputa do tráfico de drogas pelo mercado de São Miguel e Saúde. "Os policiais militares do 18º BPM foram acionados para verificar a denúncia de disparos de arma de fogo na região. Ao chegar ao local, encontraram o adolescente, que era conhecido por cometer atos infracionais constantemente na região", disse a Polícia Militar, em nota.


A morte está sendo investigada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas a investigação e combate ao tráfico na região estão com a 1ª Delegacia dos Barris junto com a Deltur.


Por conta do crime, foi divulgada uma possível retaliação, por parte dos traficantes, mas o delegado Adailton Adan disse que não há informação concreta. "Por enquanto, é só especulação que atribuímos a um traficante local chamado Café. Mas os policiais estão atentos, para que qualquer problema que ocorra a gente possa agir de imediato", disse ao Correio.


Mortes no Centro


No último mês, foram registrados quatro homicídios no Centro Histórico, sendo três no dia 21 de dezembro, e três tentativas de homicídio. "Percebemos que a disputa está acirrada. Você tem Carnaval, festas de largo, aumento de turistas na cidade e para os traficantes isso é o filão, por conta do aumento de movimento na área", pontua Adan.


De acordo com ele, durante as abordagens e prisões na região, a polícia identifica que determinados pontos tornam-se mais cobiçados. "Quando combatemos o tráfico em áreas como Pelourinho e São Miguel, isso migra pra periferia onde está a Saúde, o Santo Antônio, a Castanheira. Então essas áreas se tornam pontos estratégicos porque há o aumento da demanda", explica o delegado, ao ressaltar que há também o combate das regiões periféricas. "Mas, infelizmente não somos onipresentes e onipotentes".


Correio24h

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