A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta segunda-feira, 22, a 23ª fase da Lava Jato, intitulada de Operação Acarajé. Os policiais cumprem mandados nas cidades de Salvador e Camaçari, na Bahia. Há ação também em Campinas e Poá, em São Paulo, e em Angra e na capital fluminense, no Rio de Janeiro.




[caption id="attachment_33582" align="aligncenter" width="620"]Marqueteiro do PT é alvo de nova fase da Lava Jato em Salvador e Camaçari O marqueteiro João Santana é um dos alvos da ação da PF (Foto: Rejane Carneiro / A Tarde)[/caption]


A ação foca em três grupos: um de empresários responsáveis pelo pagamento de vantagens ilícitas; outro de um operador de propina; e o último de um grupo que recebe esse dinheiro. De acordo com a PF, há a confirmação do repasse de mais de US$ 7 milhões para contas no exterior.


Um dos alvos é o publicitário baiano João Santana, marqueteiro que trabalhou nas campanhas da presidente Dilma Rousseff e da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. As primeiras informações são de que a PF apura uma suposta conta mantida por Santana no exterior.


Há mandado de prisão expedido contra Santana, mas o publicitário está no exterior. Por conta disso, ele não foi preso. A mulher e sócia de Santana, Mônica Moura, disse para a GloboNews que eles retornarão ao Brasil quando receberem alguma ordem oficial. Os dois estão na República Dominicana, trabalhando em uma campanha.


Os policiais fazem buscas no edifício Arthur Moreira Lima, no Corredor da Vitória, na capital baiana, onde Santana mora. Além disso, eles cumprem mandados em outro imóvel do marqueteiro, em Camaçari, além da sede da Odebrecht, em Salvador.


Além de Santana, a empreiteira Odebrecht e o engenheiro Zwi Skornicki, que foi preso, são investigados. A operação também mira em um grupo de doleiros, entre eles Alberto Youssef. Ele delatou o esquema de corrupção na petroleira.


Marqueteiro do PT é alvo de nova fase da Lava Jato em Salvador e Camaçari


Nesta etapa, os federais buscam informações sobre a abertura de offshores (empresas no exterior) e compra de apartamentos no Condomínio Solaris, no Guarujá, em São Paulo. Os imóveis foram construídos pela OAS, que é investigada no esquema de propina envolvendo a Petrobras.


Ao todo, a operação cumpre 51 mandados: 38 de busca e apreensão,dois de prisão preventiva, seis de prisão temporária e cinco de condução coercitiva. Cerca de 300 participam da ação.


O nome da operação é uma referência ao apelido usado pelos alvos para designar dinheiro.


A Tarde

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