Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, voltou a prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro, nessa sexta-feira (5), no processo em que é acusado de ter recebido R$ 252 milhões em propina, no esquema envolvendo a Sete Brasil e a Odebrecht.



Preso desde 2015, na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, após ter sido condenado a 20 anos de prisão, ele manteve-se em silêncio durante o primeiro depoimento. Depois, mudou de ideia e resolveu solicitar uma nova oportunidade de contar o que sabia à Justiça.


Ontem, falou sobre como recebia o dinheiro ilegal. Duque disse que os valores eram depositados diretamente em suas contas no exterior, e que nunca recebeu nenhuma quantia em espécie.


O ex-diretor, indicado ao cargo pelo PT, também afirmou que parou de controlar a propina recebida no esquema de corrupção quando ela passou de US$ 10 milhões. As informações são do portal Uol.


"Quando atingiu US$ 10 milhões, eu falei: Pô, isso é muito mais do que eu preciso para viver e minha terceira geração. Então, a partir daí eu nem… Eu nem controlava", respondeu o ex-executivo da Petrobras.


Ele ainda afirmou nunca ter pedido a vantagem indevida, mas reconheceu que aceitou participar do esquema, que consistia na destinação de 1% do valor dos contratos com a Petrobras às empresas ao PT e aos executivos da estatal. Metade iria para o partido e metade para Barusco e Duque.


Durante o depoimento, ele também afirmou que Lula não só sabia, mas ainda comandava o esquema ilegal.


O PT ainda não se pronunciou sobre as acusações. Já assessoria do ex-presidente disse que o depoimento é "mais uma tentativa de fabricar acusações" contra o patista "nas negociações entre os procuradores da Lava Jato e réus condenados, em troca de redução de pena".


Notícias ao Minuto

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