O clima do Ba-Vi desta domingo, 2, às 16h, no Barradão, não é dos melhores: num momento em que os dois times vêm de sequências ruins, o primeiro clássico na Série A quase três anos (o último foi em 2014) é, também, o primeiro da história em que as duas equipes estão na zona de rebaixamento.



Somado a isso, ainda tem a torcida única, mantida para os dois Ba-Vis do Brasileirão, e o fato de que as duas equipes precisam de uma vitória para tentar sair da zona da degola. Trata-se, portanto, de um subir podendo derrubar o outro.


Neste ‘Ba-Vi do Desespero’, os treinadores Alexandre Gallo e Jorginho tentaram manter um clima de tranquilidade. Até porque trata-se, também, do primeiro clássico dos dois comandantes. Pelo Vitória, Gallo exaltou a rivalidade, mas disse que o Leão está mais preocupado em melhorar o aproveitamento – e quer começar a ver os resultados neste domingo.


“Clássico é especial, ainda mais o Ba-Vi, que é de uma rivalidade quase centenária. Vamos respeitar o adversário os atletas que ele tem, mas vamos lutar muito para vencer. Nossa expectativa é essa, de uma luta muito grande. Por esse momento e pela melhora que a gente está pautando”, disse o técnico.


Já Jorginho acredita que a rivalidade é importante e é um fator a ser levado em consideração na partida. “A gente sabe a importância que tem esse jogo, o quanto a rivalidade é importante. Ter um triunfo nesse jogo é fundamental. Gallo é um amigo, mas a gente sabe que nesse momento se torna adversário, mas não inimigo”, pontuou o técnico tricolor.



Semana cheia

Os dois técnicos tiveram a semana cheia para trabalhar – a primeira para os dois. Fator importante, já que as equipes vêm de resultados ruins: o Bahia está há cinco jogos sem vencer, enquanto o Vitória perdeu os últimos duelos.


“Ótimo ter uma semana para recuperar os atletas, poder trabalhar e ter um ganho em cima disso. O que queremos é fazer jogos melhores, como fizemos nos 30 primeiros minutos contra o Atlético-PR. A gente está tentando transformar esses 30 minutos em 90, para que sejam jogos mais constantes”, projetou Gallo.


“Vejo o Bahia muito bem organizado taticamente. Nossa equipe, infelizmente, não conseguiu bons resultados nos últimos jogos, inclusive, sendo superior aos adversários. Essa semana a gente deu uma ênfase maior à organização tática da equipe”, disse Jorginho.



O cada qual de cada um

Com 10 pontos somados e na 17ª posição na tabela, o Bahia é quem tem a situação mais confortável (ou menos ruim) para o clássico e o único que tem chances reais de se livrar do Z-4 no jogo deste domingo.


Uma vitória colocaria o Tricolor fora da zona caso o São Paulo, ‘porteiro’ da zona de rebaixamento, perca ou empate com o Flamengo.


Se empatar pode continuar na zona. E corre o risco de cair posições caso o Avaí vença a Ponte Preta com goleada.


Uma derrota teria efeito pior que o empate: o Tricolor poderia trocar de lugar com o rival ou até mesmo se afundar no Z-4 no caso de vitórias do Avaí e do Atlético-GO.


Na 18ª posição com oito pontos, o Vitória precisa vencer por goleada e torcer por uma derrota do São Paulo para sair da zona da degola.


Se empatar, pode ser ultrapassado pelo Avaí e Atlético-Go, caso os dois ganhem. Perder para o rival pode trazer o pior cenário para o Vitória: assumir novamente a lanterna se as equipes ganharem



Vitória x Bahia - 11ª rodada do Campeonato Brasileiro

Local: Manoel Barradas (Barradão), em Salvador (Bahia)


Quando: Domingo, 2, às 16h


Árbitro: Raphael Claus


Assistentes: Alex Ang Ribeiro e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo (trio de SP)


Vitória - Fernando Miguel, Patric, Kanu, Ramon e Geferson; Willian Farias, Uillian Correia, Yago e David; Neilton e Kieza. Técnico: Alexandre Gallo.


Bahia - Jean, Eduardo, Tiago, Rodrigo Becão e Matheus Reis; Renê Jr. Juninho (M. Sales), Vinícius e Zé Rafael; Allione e Edigar Junio. Técnico: Jorginho.


A Tarde

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