Depois de nove meses de uma gestão envolvida em várias polêmicas por excesso de gastos e inchaço da máquina pública, o prefeito Elmo Vaz assinou, na última sexta-feira, 22, o decreto 565/2017, onde assume publicamente a má gestão e o colapso nas contas públicas municipais. Segundo vereadores de Irecê, no texto, a prefeitura anuncia o cancelamento de todos os empenhos e a suspensão dos pagamentos dos serviços já contratados. O atual prefeito assina uma confissão de culpa quando diz no Decreto que “Se a continuação dos gastos seguir no mesmo ritmo de agosto, a prefeitura encerrará o ano com um significativo déficit financeiro”.



Empresários, comerciantes e prestadores de serviços se preocuparam com a situação e prometem cobrar explicações do prefeito por ter deixado o município chegar a esse ponto. Neste domingo, em entrevista a uma rádio local, os vereadores Léo da Unibel e Margarida Cardoso criticaram a falta de comando do atual gestor. “O prefeito acaba de decretar a sua incompetência em dizer em público que o município de Irecê está quebrado”, desabafa Léo da Unibel. “Há poucos anos atrás a gente via Irecê num ritmo acelerado, no ritmo do progresso, com a folha de pagamento antecipada e prestadores de serviços em dia. E hoje quem tem dinheiro para receber, pode ficar sem”, denuncia o edil. “Esse decreto é uma vergonha. Tá mostrando a incompetência dessa gestão”, observa a vereadora Margarida Cardoso. “Como é que suspende o pagamento desses contratos que já foram empenhados? Vão ser pagos quando?”, pergunta.


O prefeito Elmo Vaz coloca a culpa pela situação financeira do município na queda de arrecadação, fato que é desmentido pelos dados do Tribunal de Contas, que demonstra que de janeiro a junho de 2017, Irecê arrecadou 64.291.000, ou seja, 7.214.000 a mais que o mesmo período do ano passado.


Fonte: Notícia Capital

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