Pelo menos 14 mulheres confirmaram à polícia terem sido abordadas e atacadas por Adson Muniz de Santos, de 32 anos, preso na quinta-feira (11) acusado de se passar por policial federal para render, roubar e estuprar uma mulher na sexta-feira (6) na Rua Augusta, nos Jardins, bairro nobre da zona oeste de São Paulo. Outras mulheres têm ligado para a 1° Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), no centro da cidade, que investiga o caso, dizendo também terem sido vítimas do mesmo suspeito após tê-lo reconhecido nas imagens feitas durante sua prisão.



A investigação contra Adson começou depois da divulgação de um vídeo nas redes sociais feito por uma vítima. As imagens mostram uma mulher sendo rendida quando saía de um supermercado na Rua Augusta. Muniz esperou o carro sair do estacionamento e, no meio da rua, apresentou um falso distintivo a ela, que acreditou se tratar de um policial de verdade e abriu o vidro. O homem a convenceu a abrir a porta. Foi quando a mulher foi rendida.


Após entrar em seu carro, Adson circulou com ela pela cidade durante três horas e, nesse período, a estuprou e sacou 3.000 reais de um caixa eletrônico com o cartão da vítima. No momento da prisão, ele negou ter cometido os crimes.



Denúncia


Uma das vítimas afirmou que denunciou Adson na delegacia após pesquisar na internet casos de pessoas praticando golpes que envolvessem a estratégia de se passar por policiais. Após ver a imagem dele, ela disse não ter dúvida de que tinha sido vítima de um de seus ataques. De acordo com ela, Muniz a abordou dentro de seu carro quando levava exames de sua filha para o Hospital Sírio-Libanês. “Parei o carro na faixa de pedestre e um rapaz bem vestido veio com um distintivo da polícia pedindo que eu encostasse o carro, dizendo que me levaria para delegacia por parar na faixa”, disse. Ela afirmou que começou a desconfiar que ele não era um policial quando entregou sua carteira de motorista vencida a ele, que não se importou com a irregularidade do documento.


“Tinha medo de ele estar armado, queria sair com o carro, mas tinha medo de ele puxar a arma”, contou. Ainda de acordo com ela, Adson insistia a todo momento em levá-la para a delegacia, tentando entrar em seu carro. Ele só teria desistido após a vítima dar o dinheiro que tinha em sua carteira para ele. Ela ressaltou a importância de denunciar o caso, especialmente depois de descobrir que outras vítimas passaram por situações piores.


Desde a última terça (10), grupos de WhatsApp começaram a espalhar a história e mais mulheres passaram a relatar as supostas abordagens malsucedidas que teriam ocorrido, na mesma região, por um homem que também teria um distintivo nas mãos.


Comentários

Postagem Anterior Próxima Postagem