Um ano depois de romper com o governador Renan Filho (PMDB) após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o PT de Alagoas aprovou em reunião da sua executiva nesta terça-feira (31) o retorno à base aliada e ao governo do peemedebista.



A aliança foi selada com as bênçãos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que nos últimos meses se reaproximou do senador Renan Calheiros (PMDB), pai do governador.


Presidente estadual do PT, o advogado Ricardo Barbosa afirma que a decisão foi tomada por motivos "de ordem política e estratégica"."Temos observado um afastamento de importantes lideranças do governo de Temer e dos golpistas. O senador Renan [Calheiros] fez um movimento nesse sentido, o que abriu a possibilidade de uma reaproximação", afirma.


A decisão foi precedida de uma reunião com o ex-presidente Lula em São Paulo há cerca de um mês. "Ele sinalizou que via com simpatia a ideia [de retorno ao governo Renan Filho] e decidimos acelerar este debate", diz Barbosa.


O movimento já vinha sendo gestado desde agosto, quando Lula passou por Alagoas em sua caravana pelo Nordeste e trocou afagos com o senador Renan Calheiros.


A partir da decisão da executiva, o PT vai iniciar as tratativas com o governador Renan Filho para voltar ao governo. O pleito dos petistas é assumir a secretaria da Educação, hoje ocupada pelo vice-governador Luciano Barbosa (PMDB).


O retorno do PT ao governo, contudo, foi alvo de críticas de setores do partido em Alagoas. Correntes minoritárias elaboraram um manifesto no qual rechaçam a reaproximação com o governador Renan Filho.


No documento, assinado por militantes históricos do partido, os petistas afirmam que "um eventual retorno do PT ao governo Renan só trará prejuízos ao processo de reconstrução de nosso partido e o afastará de suas bases sociais".


E lembram da resolução do diretório nacional que proíbe "alianças eleitorais com golpistas". O senador Renan Calheiros foi um dos que votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma.



NORDESTE

Além de Alagoas PT e PMDB têm se aproximado em outros Estados do Nordeste. No Ceará, o senador Eunício Oliveira (PMDB) tem conversado com o governador Camilo Santana (PT), de quem era adversário, e afirmou ser "eleitor de Lula" caso seu partido não tenha candidato próprio.


No Piauí, o PMDB entrou na base aliada do governador Wellington Dias (PT). Os dois partidos também estão próximos em Sergipe, onde o PT faz parte da gestão do governador Jackson Barreto (PMDB).


Com informações da Folhapress

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