No cenário ideal, quando procuramos atendimento médico num ambiente hospitalar a primeira pessoa que encontramos é uma enfermeira, que deve estar em sala reservada para realização da classificação de risco do nosso atendimento, a fim de saber se devemos ser assistidos imediatamente ou não. Neste momento, ela ainda nos informa sobre a necessidade de colocarmos uma pulseira de identificação. Esta deve conter nosso nome, data de nascimento e/ou outros dados. Você sabe por qual motivo isso é feito?


A enfermeira segue um protocolo para esta ação, o qual denominamos Protocolo de Identificação do Paciente. De acordo com a RDC n° 36/2013, que dispõe sobre as ações de segurança do paciente em serviços de saúde do país, todos os serviços de saúde devem adotar protocolo de identificação do paciente.


A finalidade deste protocolo é garantir a correta identificação do paciente, com a finalidade de reduzir a ocorrência de incidentes e evitar que o paciente venha a sofrer algum dano dentro do ambiente hospitalar.


Todo paciente é único e precisa de tratamento individualizado. Por isso, a sua identificação correta é fundamental para assegurar que o tratamento correto seja prestado.


Por esta razão, o protocolo de identificação do paciente é obrigatório, sendo que todos os ambientes de prestação do cuidado de saúde (por exemplo, unidades de internação, ambulatório, salas de emergência, centro cirúrgico) em que sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos, quer diagnósticos, devem adotar o protocolo e dar treinamento para as equipes, bem como devem prestar informações aos pacientes sobre a sua importância.


A confirmação da identificação do paciente será realizada antes de qualquer cuidado que inclui:


a) A administração de medicamentos,
b) A administração do sangue,
c) A administração de hemoderivados,
d) A coleta de material para exame,
e) A entrega da dieta e;
f) A realização de procedimentos invasivos.


A correta identificação do paciente salva vidas. Desta forma, quando estiver sendo atendido, informe seus dados corretamente e verifique se a equipe de saúde confere a sua identidade. Oriente seus familiares e amigos para que façam o mesmo. Você pode se dirigir aos profissionais da seguinte forma:


“Você conferiu meu nome antes de prestar esse cuidado?"
“Este medicamento é realmente destinado a mim?”
“Vamos conferir o nome descrito na etiqueta do tubo de coleta do sangue?”
“Você percebeu que o paciente no leito ao lado tem o nome muito parecido com o meu? O meu é Ronaldo da Silva Junior e o dele é Roberto da Silva Junior.”


Não tenha medo de falar com a equipe que está lhe atendendo e lembre-se: Fique atento ao processo de identificação! Verifique se o serviço de saúde faz sua identificação de forma correta e colabore para que não ocorram falhas!


Fonte: Instituto Brasileiro para a Segurança do Paciente - IBSP

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