A seleção brasileira começa a caminhada na Copa da Rússia neste domingo, contra a Suíça, às 15 horas (horário de Brasília), em Rostov, com dois pesos nas costas. Fora a habitual expectativa pelo título e a pressão pelo hexa, a equipe de Tite carrega a missão de concluir a grande operação de resgate do futebol nacional. Os 23 jogadores precisam, ao fim da jornada, entregar à população brasileira uma lembrança melhor para se guardar na memória do que a herdada do último Mundial. O primeiro passo será dado hoje. Se chegar à final, serão sete jogos, um caminho para a redenção.

A Copa é o último capítulo da luta iniciada em 8 de julho de 2014, a fatídica data do 7 a 1 para a Alemanha. Os intermináveis 90 minutos de sofrimento, choque e vergonha precisariam dar lugar a um processo de reação.  “O respeito pela equipe agora é diferente daquele de três ou quatro anos, após a Copa do Mundo. As pessoas nos veem de forma diferente. O Brasil que todos respeitam e admiram está de volta. Uma equipe que joga um bom futebol”, resumiu Neymar em entrevista ao site da Fifa, no ano passado. 


Naquele altura, já sob o comando de Tite, a seleção conseguia unir o útil ao agradável. Obtinha resultados positivos e apresentava bom futebol. Internamente, recuperava a confiança; externamente, o respeito dos adversários. Mas ainda falta o principal.

A busca pela recuperação na Rússia mexeu com a preparação. Em vez de treinos abertos, lotados de jornalistas e patrocinadores, como sempre foi, a seleção agora é um ambiente de mistério. Na Rússia, as atividades são reservadas, realizadas em campo cercado por tapumes do alambrado à parte superior, onde banners impedem até que passageiros do trem que passa nas proximidades consigam ver algo.

Com informações do Estadão / Foto: Lucas Fagundes
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