"Individualmente, o Brasil é a equipe mais forte nesta Copa do Mundo", considerou nesta quarta-feira, 4, o zagueiro belga Vincent Kompany, estimando, no entanto, que a Bélgica "tem os meios para enfrentar uma seleção" como essa, antes do confronto desta sexta, 6, pelas quartas de final.

"É um elogio, mas isso não muda em nada nossas chances contra eles. Nenhum de nós vai dormir pensando 'já perdemos para o Brasil'. Defensivamente, eles são sólidos, ganham nos duelos mano a mano, e ofensivamente eles também não têm medo, sempre têm uma arma para usar", analisou o jogador em coletiva de imprensa.


"Por isso, se fizermos uma partida individual, perderemos", acrescentou o zagueiro, que acredita que a Bélgica não deve mudar sua maneira de jogar, nem se retrair diante do potencial ofensivo dos brasileiros.

"Nenhuma equipe deve se desnaturalizar. A nossa filosofia de jogo deve ser a mesma. Mesmo com o Brasil, que é ofensivamente muito forte, não tem medo de defender em bloco, mantém a calma e é sólido. Mas há sempre uma maneira de atacar uma equipe", explicou.

Parte da crítica especializada destacou o estilo e nível de jogo dos Red Devils de Roberto Martinez, que venceram todas as quatro partidas disputadas até o momento na Rússia.

"Desenvolvemos um bom futebol, marcamos muitos gols, conseguimos mostrar nosso lado mais bonito. Se fizermos uma boa partida contra o Brasil, poderemos seduzir ainda mais o público", afirmou o jogador do Manchester City.

"O público 'neutro' gosta de bom futebol, como o que os holandeses podem fazer. Estamos constantemente melhorando, precisamos dar um grande passo contra o Brasil, pelo menos é o que eu espero", comentou Kompany.

Neymar? "Se se tornar uma partida individual, não temos chance de vencer. Se disputarmos coletivamente, se lutarmos um pelo outro, podemos superar, é o que importa", disse ele.

O capitão belga gostaria de enfrentar esse grande desafio no último dia do torneio, com a luta pelo título. Mas aceita que essas quartas de final serão como uma final.

"Teríamos gostado de jogar contra o Brasil na final, mas temos que nos dizer que é a nossa final e que temos que vencer", afirmou.

"Estamos prontos para essa partida que nos definirá, sim. Mas também será decisiva para o Brasil", concluiu.

Fonte: AFP
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