Foi sofrido, o time ainda não mostrou a qualidade que se espera, mas, na base da raça, o Bahia passou à quarta fase da Copa do Brasil na noite desta terça-feira, 9. Com um gol suado aos 53 do 2º tempo, o Esquadrão fez a alegria da torcida, que já se acostumava com a ideia de decidir a vaga nos pênaltis. De quebra, proporcionou um início de trabalho tranquilo a Roger Machado, que estreou diante de 18 mil pessoas na Fonte Nova.

O jogo

O Tricolor começou aceso, criando boas chances. Aos 3, depois de Nino se enrolar e  tropeçar, Douglas Augusto levou perigo em um chute de fora da área. O volante também assustou de longe aos 22.

Pode ter sido coincidência, mas, com só quatro dias de treino, algumas das ideias de Roger já pareceram em prática: a primeira etapa teve meias mais próximos entre si e muita triangulação na direita, entre Élber, Douglas e Nino — que não esteve bem. 

Apesar das animadoras mudanças táticas do Esquadrão, a melhor chance do 1º  tempo foi do CRB: Lucas tabelou com Júnior e entrou na área, aproveitando saída errada de Lucas Fonseca. O volante, entretanto, chutou para fora. 

Os 45 minutos finais começaram com um Bahia nervoso, errando passes bobos. E a tensão logo passou às arquibancadas, que pegava no pé do pouco acionado Moisés. Enquanto isso, o CRB crescia. Roger, então, agiu rápido: colocou Fernandão e animou a torcida. 

A reação tricolor foi interrompida por um susto: Zé Carlos, do CRB, que havia acabado de sair, caiu à beira do gramado. Mostrando desespero, o centroavante regatiano precisou ser retirado de ambulância, depois de um choque na nuca. A agonia de Zé foi tão grande que o veículo entrou no campo com o jogo rolando. 

Após a interrupção, o Bahia continuou confuso, mas quase chegou ao gol aos 30, após um escanteio. Edson Mardden saiu mal e Douglas Augusto bateu no travessão. O Esquadrão ficou com um jogador a mais por seis minutos, já que Igor foi expulso ao retardar um lateral, mas Douglas Augusto tentou dar um chute no rosto de Victor Rangel e foi mandado para fora com justiça.

Mesmo sem organização, o Bahia pressionou. Aos 50 minutos – já que foram dez de acréscimo por causa do atendimento a Zé Carlos –, Fernandão marcou um gol, chegou a comemorar, mas estava impedido. E aos 53, em uma jogada que começou com um chute torto de Nino, Elton girou para cima de Guilherme Mattis e chutou entre as pernas de Edson Mardden. O gol fez a torcida e Roger explodirem em festa e alívio.

A Tarde

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