Uma médica morreu após ter sido baleada durante uma tentativa de assalto, na manhã desta sexta-feira, no Maracanã, na Zona Norte do Rio. Danielle Vivian Midea Lasmar de Almeida, de 51 anos, tentou fugir do bandido, que atirou e roubou um outro veículo que estava logo atrás. Mesmo ferida, ela continuou dirigindo por cerca de 400 metros até a Rua General Canabarro, no Maracanã, onde perdeu o controle do veículo, subiu na calçada, derrubou um hidrante e atropelou três pessoas. O carro ficou entre um poste e o muro.

A mulher foi atingida pelo criminoso quando estava na Rua Mariz e Barros, esquina com Ibituruna. Mesmo ferida, conseguiu dirigir até a altura do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), na Rua General Canabarro.


Ao perder o controle do veículo, Danielle atropelou três pessoas na calçada. As vítimas são um estudante da Cefet, de 16 anos, o segurança do Cefet Ribamar Ferreira, de 58, e um funcionário da Petrobras.

A polícia investiga se o roubo de um carro, ocorrido próximo ao horário e local em que a médica foi baleada têm ligação. O engenheiro Gelson dos Santos contou que teve o carro roubado no sinal de trânsito da Rua Morais e Silva. O carro dele, um Honda Fit, foi abandonado na General Canabarro a uma distância de 150 metros de onde o veículo da médica, um Honda Civic, parou, depois de subir a calçada e atropelar três pessoas.

"Era um garoto. Provavelmente queria fugir. Foi no sinal onde eu estava parado, na Morais e Silva. Tentou assaltar o carro que estava na minha frente e não conseguiu. Veio para cima do meu. Eu saí com o meu filho, ele pegou o carro e foi embora", contou o engenheiro que levaria o filho para fazer uma prova na PUC, na Gávea.


O engenheiro contou ainda que o assaltante não falou nada, ao se aproximar dele: "Apenas apontou a pistola para mim e minha reação foi sair do carro. Não peguei nada. Meu filho conseguiu pegar a mochila.

Gelson reclamou da onda de violência na região:

"O estado todo está assim. A Tijuca é um dos bairros onde você encontra isso (a violência) em maior intensidade. Mas o Rio como um todo tem sido um problema".

Para a Polícia, ele disse ter ouvido disparo. Um policial que participa das investigações disse que está em busca da relação desse caso com a morte da médica, mas a investigação esbarra em dificuldades porque não há câmeras de segurança no percurso. Segundo esse agente, Danielle foi atingida com um tiro nas costas.

As pessoas que circulam pelo local se queixam da insegurança. A estudante de Arquitetura, Ariane Teixeira, de 37 anos, diz que o clima é de medo:

"Estudo na parte da manhã, porque não teria coragem de estudar à noite, por conta da região ser violenta e insegura", alegou a aluna da Universidade Veiga de Almeida.

Fonte Extra
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