Denúncias contra participantes por supostos atos de violência dentro e fora do reality revoltam anônimos e famosos

Aconteceu de novo. Mais um participante do 'Big Brother Brasil' se torna alvo de acusações de hipotética violência contra mulheres. O denunciado desta vez é Felipe Prior, o mais controverso brother do 'BBB20'. Amado e odiado na mesma intensidade, ele foi eliminado no décimo paredão, no último dia 31.

Na sexta-feira (3), a revista Marie Claire postou em seu site o relato de três mulheres que o acusam de estupro e tentativa de estupro. A assessoria do arquiteto disse à publicação feminina que as acusações — formalizadas na polícia após a entrada de Prior no programa — são "mentira".

Um comunicado dos advogados do agora ex-BBB foi postado em seu perfil no Instagram: "Por enquanto, Felipe Prior repudia, veementemente, as levianas informações espalhadas sobre supostos fatos que teriam ocorrido há anos, mas somente agora, depois de ter adquirido visibilidade pública, são manobrados. Felipe Prior estará à disposição das autoridades para qualquer tipo de questionamento, e adotará todas as medidas necessárias contra os que investem contra a sua civilidade".

Ainda nesta vigésima edição do 'BBB', outros dois competidores foram convocados a prestar esclarecimentos por suspeita de importunação sexual contra colegas de confinamento: o ginasta Petrix Barbosa e o hipnólogo Pyong Lee.

O histórico de polêmicas sexuais no reality show mais famoso da televisão brasileira vem de longe. No 'BBB12', Daniel Echaniz foi expulso por "grave comportamento inadequado", de acordo com argumentação da Globo. O modelo enfrentou a acusação — e o linchamento público e virtual — por supostamente ter feito carícias sob o edredom na estudante Monique Amim, que estava sob efeito de bebida alcoólica. Houve quem enxergasse motivação racial contra o rapaz, que é negro. O inquérito acabou encerrado por falta de provas. Anos depois, em entrevistas, o ex-BBB disse que continuava a ser hostilizado nas ruas por quem o via como um abusador.

Outro escândalo invadiu o isolamento do 'BBB16'. O designer de tatuagem Laércio de Moura se tornou alvo da acusação de fornecer bebida alcoólica e abusar de uma menina de 13 anos, anos antes. O Ministério Público do Paraná acolheu denúncias de telespectadores que conheciam o tatuador.

Laércio foi preso três meses após ser eliminado no reality show. Em setembro de 2017, a Justiça o condenou a 12 anos de prisão por estupro de vulnerável e armazenamento de material (foto ou vídeo) com cena de sexo explícito ou pornográfico envolvendo criança ou adolescente.

O biólogo Vanderson Brito protagonizou a polêmica do gênero na décima nona edição do 'Big Brother'. Sua expulsão ocorreu em consequência de denúncias de estupro, agressão e importunação ofensiva ao pudor. Oito meses depois, o próprio ex-participante anunciou o arquivamento de todas as ações na Justiça.

Os casos aqui citados suscitaram repercussão ruidosa entre anônimos (fãs do 'BBB' e público em geral) e celebridades. No episódio mais recente, envolvendo Felipe Prior, famosos como Taís Araújo, Bruna Marquezine, Marina Lima, Bruno Gagliasso, Hugo Bonemer, Bruna Linzmeyer e Alice Wegmann se manifestaram nas redes sociais para pedir justiça.

Questionada, a TV Globo agiu rápido: abordou o caso no 'Jornal Nacional' de sexta-feira, afirmou em nota oficial repudiar todo tipo de violência e cancelou a veiculação de matéria com Prior no 'Fantástico' deste domingo (5). Essa atitude do canal torna improvável a presença de Felipe Prior na plateia da final do 'BBB20' no próximo dia 23.

Portal Terra
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