A Bahia perdeu nesta quinta-feira, 18, aos 84 anos, de causas não conhecidas, o jornalista e escritor João Carlos Teixeira Gomes. Joca, como era conhecido, estava internado no Hospital da Bahia e será cremado nesta sexta-feira, 19, no Bosque da Paz, em cerimônia restrita a pequeno grupo.

Batizado como "Pena de Aço" por colegas de profissão, Joca é, entre outras coisas, o autor da polêmica biografia Memórias das Trevas – Uma devassa na vida de Antônio Carlos Magalhães.

Poeta, escritor, ensaísta, professor, membro da Academia Baiana de Letras, onde ocupava a cadeira de número 15, João Carlos fez parte do grupo conhecido como Geração Mapa, ao lado do cineasta Glauber Rocha, do pintor Calasans Neto e do também professor e jornalista Florisvaldo Matos, entre outros.

No Jornal da Bahia, que ajudou a fundar, desenvolveu a carreira de jornalista. Ficou no periódico de 1958 a 1977 e ocupou sucessivamente cargos de repórter, secretário, chefe de reportagem, redator-chefe e editorialista.

Também foi colaborador fixo de A TARDE, publicando artigos quinzenais nas páginas de Opinião. Foi secretário de Comunicação Social do Governo de Waldir Pires em meados dos anos 1980, e diretor do Centro de Estudos Baianos da Universidade Federal da Bahia.

Publicou, entre outros, um livro sobre Gregório de Mattos: Gregório de Mattos, o Boca de Brasa, bem recebido por crítica e público. Foi autor também de Camões Contestador e Outros Ensaios e de Glauber Rocha – Esse Vulcão. Participou, como colaborador, dos livros Dezoito Contistas Baianos, Da Ideologia do Pessimismo à Ideologia da Esperança, A Obsessão Barroca da Morte de Manuel Bernardes e Quevedo. E tem três livros de poesias: Ciclo Imaginário, O Domador de Gafanhotos e A Esfinge Contemplada.

A Tarde
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