Após uma fase inicial de retomada conturbada em alguns estados, marcada por inúmeras disputas judiciais e calendários em constante revisão, as atividades sociais e os espaços coletivos começam a voltar a receber pessoas em diversas regiões brasileiras, mas ainda com rígidos protocolos de segurança sanitária.

O período desde o último levantamento estadual feito pela Agência Brasil, publicado em 08 de outubro, mostrou reflexos da queda no ritmo de contaminação e de ocupação de leitos em UTIs pelo Brasil. A retomada de atividades culturais já se mostrava em curso, assim como o retorno gradual aos cronogramas letivos - atualmente em avanço na maioria dos estados. 

Alunos das redes públicas e particulares começam a voltar para as salas de aula. Estados como Minas Gerais definiram protocolos de acompanhamento constante das medidas sanitárias, tanto para educadores e funcionários quanto para alunos. Em São Paulo, crianças do ensino fundamental devem voltar para as aulas presenciais no início de novembro. Amazonas, em contraste com o estado vizinho, Pará - que segue apenas com previsões, sem data fixa -, segue com aulas presenciais desde 30 de setembro, com um sistema ativo de vigilância sanitária. 

A atividade econômica, arrastada para a letargia com a pandemia do novo coronavírus, mostra sinais de recuperação e crescimento. Exemplo claro é a emissão de cupons fiscais no Paraná, por exemplo, onde praticamente 100% dos CNPJs ativos emitiram pelo menos uma nota fiscal de venda e/ou serviço em outubro. A permissão para a circulação de ambulantes e profissionais liberais na Bahia e no Ceará também é sinal da retomada de pequenas atividades econômicas - essenciais para a circulação de dinheiro nas camadas mais pobres da sociedade.

Na reta final para as eleições municipais de 2020, muitas cidades ainda proíbem a realização de aglomerações, shows e comícios - cenário político inédito no Brasil até 2020; Alguns estados, como Santa Catarina, mantiveram o alerta de calamidade pública vigente até o final do ano, apesar das medidas de retomada.

Acompanhe a seguir o oitavo e último levantamento quinzenal da Agência Brasil sobre a retomada econômica e a flexibilização do isolamento nos Estados brasileiros.

Bahia

Em Salvador, capital da Bahia, continua em andamento a fase de 3 de reabertura da economia. Desde o dia 19 de outubro, barraqueiros e vendedores ambulantes estão presentes nas praias - atividade que estava suspensa desde março e foi liberada nesta fase de flexibilizações. Está liberada a venda de alimentos, bebidas e aluguel de guarda-sol. Outras atividades comerciais continuam suspensas.

Também foi anunciada a liberação das atividades esportivas coletivas nas praias, como futebol, por exemplo. As medidas também são válidas para parques, campos e áreas particulares, como clubes sociais.

Os clubes sociais e academias tiveram a liberação do uso dos vestiários e a ampliação da capacidade das piscinas para dois alunos por raia. Os eventos voltados para o público infantil também continuam proibidos por causa da taxa de ocupação dos leitos pediátricos em Salvador. As atividades circenses também foram liberadas, com o mesmo limite de 100 pessoas.

O número de casos vem caindo em todo o estado, assim como a ocupação dos leitos de UTI. Este tem sido principal critério do governo do estado apoiar a liberação das atividades nas diferentes regiões baianas.

Desde o dia 28 de setembro, o transporte intermunicipal está liberado em toda o estado, mantidas as precauções sanitárias, como ocupação de 50%, aferição de temperatura e venda antecipada de passagens. Ainda não há previsão de volta às aulas.

Agência Brasil

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