Os testes clínicos da 3ª e última fase da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, avançam e os resultados podem ser divulgados nos próximos dias.

Atualmente, 13.000 voluntários participam dos testes da CoronaVac. A regulamentação da vacina depende dos resultados dos testes. Análise preliminar indica 97% de eficácia.

De acordo com as regras, os estudos podem ser abertos quando ao menos 61 voluntários forem infectados pelo novo coronavírus. Para conclusão do estudo, é necessário que, caso este grupo não demonstre a eficácia do imunizante, se espere até que 151 deles sejam infectados pelo coronavírus.

A demora para que o número de voluntários infectados fosse alcançado foi maior do que o previsto inicialmente, já que a transmissão do vírus baixou nos meses de setembro e outubro no Brasil. No entanto, o número necessário estaria próximo de ser alcançado. As informações foram divulgadas pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Nessa 5ª feira (19.nov.2020), o Estado de São Paulo recebeu o 1º lote da CoronaVac. Foram entregues 120.000 doses nessa 1ª remessa, 1 dia antes do previsto inicialmente. Mais 40 milhões de doses serão produzidas no Brasil pelo Instituto Butantan, com matéria-prima fornecida pela farmacêutica chinesa. A parceria com a Sinovac custou R$ 85 milhões aos cofres de São Paulo.

Em entrevista a jornalistas, nessa 5ª feira (19.nov), o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, não deu detalhes sobre o andamento dos estudos clínicos, mas disse que os resultados da análise da CoronaVac “devem aparecer muito rapidamente”. “É 1 avanço já termos a vacina aqui [no Brasil]“, declarou.

Até a última 6ª feira (13.nov.2020), 10.000 dos 13.000 voluntários da CoronaVac (77%) já haviam sido testados. Do total, parte do grupo recebe o imunizante em questão e outra metade uma substância placebo, sem efeitos no organismo.

VACINAS CONTRA COVID-19

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é responsável por fiscalizar os estudos no Brasil e pelo eventual registro da vacina.

Outras 4 vacinas desenvolvidas pela China estão na 3ª etapa de testes, mas apenas a da Sinovac está sendo testada no Brasil. O país também participa de testes das vacinas desenvolvidas pela Pfizer, Johnson & Johnson e pela universidade de Oxford com a AstraZeneca.

O governo Bolsonaro comprou 100 milhões de doses desta última por R$ 1,9 bilhão. Os recursos foram liberados por uma medida provisória. O Brasil também integra o Covax, 1 consórcio internacional para facilitar a compra de vacinas contra a covid-19.

Poder 360

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