A Ford anunciou nesta segunda-feira (11) que encerrará a produção de veículos em suas fábricas no Brasil em 2021. No país, serão mantidos apenas o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, e o Campo de Provas e sua sede regional, ambos em São Paulo.

As fábricas de Camaçari (BA), que produzia Ka e EcoSport, e Taubaté (SP), que fabrica motores e transmissões, serão fechadas imediatamente, reduzindo a produção às peças para estoques de pós-venda.

No último trimestre de 2021, será fechada também a planta da Troller, em Horizonte (CE). A empresa afirma que irá trabalhar em colaboração com os sindicatos para "minimizar os impactos do encerramento da produção".

Com a decisão, os modelos nacionais terão suas vendas interrompidas assim que terminarem os estoques.

A partir disso, os veículos comercializados no mercado brasileiro passarão a ser importados, principalmente das unidades de Argentina e Uruguai, além de outras regiões fora da América do Sul. Entre os próximos modelos já confirmados pela Ford, estão os novos Transit, Ranger, Bronco e Mustang Mach1.

A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável, disse Jim Farley, presidente e CEO da Ford.

Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global, completou.

No ano passado, a Ford vendeu 119.454 automóveis, segundo dados da Anfavea. O resultado representou uma queda de 39,2% na comparação com 2019. A queda observada foi maior do que a registrada pelo segmento de automóveis. Em 2020, o tombo foi de 28,6%, para 1.615.942.

Encerramento em São Bernardo do Campo
Também como parte do seu plano de reestruturação global, a Ford encerrou, em 2019, a produção na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Como consequência, a marca deixou de vender no Brasil o Fiesta, um de seus modelos de maior sucesso, e abandonou o mercado de caminhões no país.

Fonte: G1

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