Apesar da leve recuperação em dezembro – alta de 0,9% frente a novembro na série com ajuste sazonal -, a produção industrial brasileira fechou o ano com queda de 4,5%. O recuo forte de 27,1% entre março e abril, no começo da pandemia, foi determinante para o resultado. Entre maio e dezembro, o setor acumulou alta de 41,8%.

Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (2). Foi o segundo resultado anual negativo seguido, pois em 2019 houve retração de (1,1%). No último trimestre do ano, o setor avançou 3,4%.

No acumulado do ano, houve perda em todas as quatro categorias econômicas e em 60,6% dos 805 produtos pesquisados. Destacam-se as quedas em Bens de consumo duráveis (-19,8%) – pressionados pela redução na fabricação de automóveis (-34,6%) – e bens de capital (-9,8%), por conta de equipamentos de transporte (-22,7%) e para fins industriais (-5,1%).

Os setores bens de consumo semi e não-duráveis (-5,9%) e de bens intermediários (-1,1%) tiveram retrações mais suaves. Entre as atividades, Veículos automotores, reboques e carrocerias (-28,1%) exerceu a influência negativa mais intensa.

Em dezembro, três das quatro grandes categorias econômicas e 17 dos 26 ramos pesquisados avançaram. O único recuo nas categorias aconteceu em bens de consumo semi e não-duráveis (-0,5%). Os bens de capital (2,4%) e os bens de consumo duráveis (2,4%) tiveram as maiores taxas positivas, com ambas marcando o oitavo mês seguido de expansão e acumulando, nesse período, expansão de 134,9% e 565,7%, respectivamente.

Bahia.ba

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