A Polícia Federal identificou que um perfil falso foi operado de endereços ligados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como o Palácio do Planalto e a casa da família no Rio de Janeiro. A descoberta faz parte da rede de contas falsas que foram derrubadas pelo Facebook no ano passado.

A conclusão aparece em relatórios produzidos durante investigações do inquérito dos atos antidemocráticos, aberto em abril de 2020, para investigar a organização de manifestações defendendo intervenção das Forças Armadas e a volta da ditadura militar. As informações são da coluna Fausto Macedo, do Estadão.

Uma das hipóteses da PF mirou o uso de redes sociais e o rastreio de contas declaradas inautênticas pelo Facebook. A investigação usou como base um relatório da Atlantic Council, que faz análise independente sobre remoção de perfis da rede social.

A Polícia Federal identificou cerca de 90 contas consideradas inautênticas responsáveis por informações antidemocráticas. A investigação também intimou operadoras de internet a compartilhar os números de IP dos terminais usados para administrar os perfis.

Com o IP dos terminais, a PF teve acesso aos dados usados nos cadastros, incluindo localização de acesso. O relatório concluiu que pelo menos 1.045 acessos partiram de órgãos públicos, incluindo a Presidência da República, Câmara dos Deputados, Senado e o Comando da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea do Exército.

Segundo o relatório, na lista constam acessos a partir da rede wifi do Palácio do Planalto e da casa de Bolsonaro no Rio de Janeiro.

A Polícia Federal identificou que nos endereços ligados ao presidente, foram acessadas a conta de Instagram Bolsonaro News e o perfil pessoal no Facebook de Tércio Arnaud Thomaz, assessor de Bolsonaro.

Os acessos foram registrados em novembro de 2018, na casa de Bolsonaro e entre novembro de 2018 e maio de 2019 na rede da Presidência, com mais de 100 acessos ao perfil "Bolsonaro News".

Fonte: Bahia Notícias

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