Após o rompimento de duas barragens em Apuarema, a cerca de 344 quilômetros de Salvador, moradores relataram como foi o momento em que a enxurrada invadiu a cidade. "Aqui passou um metro de água", disse um morador, que se assustou com o volume e a força da água.

O caso ocorreu na sexta-feira (10) e o fim de semana dos moradores da cidade foi marcado pela tristeza. Eles voltaram aos imóveis atingidos pela água e tentaram recuperar alguns pertences. Em várias ruas da cidade, o que se via eram restos de móveis e eletrodomésticos espalhados. A localidade de Barro Vermelho foi a mais afetada.

Apesar da tragédia, não há registro de mortos ou desaparecidos. Cerca de 250 pessoas ficaram desabrigadas e foram acolhidas em uma escola municipal.

"Foi uma aflição muito grande para a gente, ver aquela toda água descendo dessa represa, tentando salvar vidas... Foram animais descendo aqui. Foi uma coisa muito triste", relatou outra moradora.

Após o rompimento das duas barragens da cidade, uma terceira foi avaliada por técnicos da Superintendência de Defesa Civil da Bahia (Sudec), do Corpo de Bombeiros e Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).

De acordo com informações da prefeitura, esta estrutura fica em um ponto mais alto e não apresenta riscos para a comunidade. Por segurança, um dreno foi improvisado no local para a água escoar e evitar o rompimento da barragem.

'A vida é mais importante'

No domingo (12), moradores relataram momentos de tensão após o rompimento das barragens.

"Avisei ao vizinho que tem filho pequeno: 'sai que a barragem estourou, deixa tudo aí, vamos salvar a vida, que é o mais importante'. [A água] me levou tudo, mas eu estou aí né? Na luta. Minha vida está aqui, meu salário está aqui. Tenho esposa, filho pequeno. Perdi tudo. Vou ver agora o que vão fazer, se é que vão fazer. Vamos torcer que façam. Vamos pedir a Deus para abençoar e vamos juntos lutar", contou o comerciante Erisvan Pereira Barbosa.

A prefeitura da cidade pede doações para as famílias atingidas pela enxurrada. Itens como roupas, colchões, produtos de higiene e limpeza, além de alimentos, podem ser entregues na Escola Aurino Nery.

Fonte: g1

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