O cineasta, cronista e jornalista Arnaldo Jabor, de 81 anos, morreu na madrugada desta terça-feira, 15, em São Paulo.

Jabor foi hospitalizado no Hospital Sírio-Libanês em dezembro do ano passado após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Segundo a família, ele faleceu por volta da meia-noite, em decorrência de complicações do AVC.


Nascido em 1940 no Rio de Janeiro, Arnaldo Jabor era filho de um oficial da Aeronáutica e uma dona de casa.

Formado no ambiente do Cinema Novo, Jabor participou da segunda fase do movimento, que retratou questões políticas e sociais do Brasil. Em 1967, dava seus primeiros passos como cineasta ao lançar seu primeiro longa metragem – o documentário “Opinião Pública”, sobre como o brasileiro olha sua própria realidade.

No final de 1972, Jabor lançou uma de suas principais produções em vida – a adaptação da peça homônima de Nelson Rodrigues, “Toda Nudez Será Castigada”. O filme foi a quarta maior bilheteria nacional daquele ano, e recebeu, no ano seguinte, o Urso de Prata no Festival de Berlim.

Jabor ficou mais conhecido por seus comentários nos jornais da TV Globo desde os anos 1990. Estreou como colunista do jornal O Globo, e posteriormente levou a coluna para a televisão, na Rede Globo, onde fez sucesso com aparições no Jornal Nacional, Bom dia Brasil, Jornal Hoje, Fantástico e Jornal da Globo.

Ex-mulher de Jabor, a produtora de cinema Suzana Villas Boas escreveu, numa rede social, na manhã desta terça-feira (15): "Jabor virou estrela, meu filho perdeu o pai, e o Brasil perdeu um grande brasileiro". O cineasta deixa três filhos.

Fonte: Exame

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