Após informar, nesta sexta-feira (8/4), ter conseguido o número mínimo de assinaturas necessário para o pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o suposto escândalo de corrupção no Ministério da Educação, o autor do requerimento, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), se manifestou a respeito da afirmação da senadora Rose de Freitas (MDB-ES), que alegou ter o nome fraudado na lista.

Para Randolfe, a alegação da senadora é "inverossímil", já que, segundo ele, no mesmo dia em que Rose pediu a adição da sua assinatura da lista pela abertura da CPI por meio do Sistema de Envios de Documentos Legislativos (Sedol), ela pediu, pela mesma via, a retirada da própria assinatura. 

"Ora, só requer a retirada de um apoio quem o oferecera legitimamente antes, de modo a nos causar perplexidade a alegação de que o primeiro requerimento resultaria de fraude. Tal alegação, para além de soar francamente inverossímil, não se faz acompanhar de qualquer evidência", rebateu o líder da oposição no Senado.

Ainda de acordo com ele, a senadora requereu a retirada da assinatura da lista "sem explicitar suas razões" e, "contraditoriamente, não pesou qualquer alegação de fraude". Randolfe classificou o episódio como uma "cortina de fumaça". 

"Não aceitaremos tentativas de tumulto orquestradas pelo Palácio do Planalto, com o único e desesperado fim de abafar as investigações dos graves escândalos descortinados no Ministério da Educação", afirmou.

Instalação

Nesta sexta (8), Randolfe informou que conseguiu o número mínimo de 27 assinaturas necessário para o pedido de instalação da CPI do MEC. O último parlamentar a assinar a lista de requerimento para abertura da CPI do MEC foi o senador Veneziano Vital (MDB-PB).

A CPI visa apurar o beneficiamento indevido na destinação dos recursos da Educação após a imprensa ter divulgado áudios em que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro afirma priorizar municípios administrados por prefeitos vinculados aos pastores na liberação de recursos do Fundo Nacional da Educação (FNDE).

Por Maria Eduarda Cardim / Correio Braziliense

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