Peças importantes em campanhas eleitorais, os jingles marcam disputas políticas. Neste ano, as eleições para governador da Bahia contam com uma diversidade de canções de conteúdo político por parte dos principais candidatos ao posto.

ACM Neto (União Brasil), Jerônimo Rodrigues (PT) e João Roma (PL) contam com mais uma música tema para a campanha, enquanto Kleber Rosa (PSOL) tem um jingle lançado e Giovani Damico (PCB) e Marcelo Millet (PCO) ainda não divulgaram peças com jingles.

A campanha começou oficialmente no dia 16 de agosto. Mas há alguns meses as músicas já apareceram em eventos e nas redes sociais. Ouça trechos acima e as músicas completas abaixo.

Na terra do Axé Music os ritmos usados pelos candidatos têm sido variado e de acordo com o momento. O pagodão baiano por exemplo, tem versões nas campanhas de João Roma e de Jerônimo Rodrigues. Assim como o piseiro, representado em jingles de Roma, Jerônimo e também ACM Neto.

No seu principal jingle Roma cita o pedido de Bolsonaro para sua candidatura ao governo do estado em ritmo de pagodão baiano, com direito a dancinha coreografada. Ele ainda investe em um reggae, onde faz o trocadilho com a palavra "pai", usada na Bahia com uma gíria para vocativo e para se apresenta como "pai do Auxílio Brasil". Roma foi ministro da Cidadania, pasta responsável pelo pagamento do programa do do governo federal de transferência de renda.

Um terceiro jingle em ritmo de piseiro ainda reforça os números de urna de Roma e Bolsonaro, que por serem do mesmo partido tem número igual.


Enquanto isso, Jerônimo vai de pagodão para dizer que a campanha "pegou pressão" e destaca a parceria com Lula. Em outro jingle, a campanha de Jerônimo vai de piseiro para reforçar a identificação com o Partido dos Trabalhadores em uma canção que diz "Vai dar PT de novo". Já o primeiro jingle e que destaca o candidato serviu como uma espécie de apresentação do candidato que disputa sua primeira eleição.

A música ainda reforça a ideia de continuidade de governos petistas no estado e destaca que o Jerônimo é do "time de Lula". A campanha ainda conta com jingles que são versões de músicas de sucesso, como a da sertaneja "Mexe Que é Bom" com novas referências a Lula e ao governador Rui Costa, padrinho político de Jerônimo, e uma do Samba do Polly, música do cantor O Polêmico, que tem feito sucesso em festas, especialmente as do tipo 'paredão', pela Bahia. Por fim, o candidato ainda conta com um jingle sempre utilizado em campanhas petistas com repetição do número do partido.


Já ACM Neto também passeia pelo piseiro, especialmente para marcar o número do novo partido. Desde a eleição disputada em 2002, essa é a primeira vez que ele não terá no número do antigo partido Democratas, que após a fusão com União Brasil passou a usar outra numeração.

Mas a grande aposta da campanha é um 'remake' de um jingles de maior sucesso na política baiana: "ACM, Meu Amor". A canção embalou a vitoriosa campanha do avô de Neto, Antônio Carlos Magalhães, para o governo da Bahia, na eleição de 1990. Adaptada, a versão 2022 é cantada por Besouro, mesmo intérprete de 32 anos atrás.


Com apenas um jingle lançado, a campanha do PSOL também usa a canção para apresentar seu candidato, destacando a história de vida de Kleber Rosa. A canção também destaca o partido e fala que a candidatura de Kleber seria um motivo para sonhar.


Fonte: g1

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