O ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) afirmou em entrevista exclusiva ao Estadão que vai recorrer até o fim para manter seu mandato na Câmara. O parlamentar paranaense teve seu mandato cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na última terça-feira (16) sob a alegação de que ele violara a lei da Ficha Limpa. Deltan disse que a decisão da Corte foi fraudada. “Eu roubei, me corrompi, abusei, torturei? Não”.

Para ele, a preservação de seu mandato depende de uma decisão política do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a quem Deltan ainda pretende recorrer para assegurar que a decisão do TSE não seja aplicada automaticamente. “O maior medo que eu tenho é a perda da fé das pessoas na democracia”, disse.

"Como explicar para a sociedade brasileira que Lula, condenado em três instâncias por corrupção, está elegível e com mandato e que Deltan, que não foi investigado, acusado e processado criminalmente, muito menos acusado administrativamente, porque não existia PAD, se tornou inelegível?", questionou na entrevista. "O TSE alegou que eu fraudei a lei, mas está muito claro que quem fraudou a lei foi o TSE".

"Com certeza o TSE errou. O TSE inventou uma inelegibilidade que não existe na lei. A legislação é objetiva e clara. É inelegível o membro do Ministério Público que sai na pendência de processo disciplinar. Isso não existia no meu caso, não existia nenhum processo disciplinar", declarou.

O ex-deputado acredita que o TSE criara "um caso de inelegibilidade imaginário, que não está previsto em lei". Dallagnol também disse que conversou com o senador Sérgio Moro (União), o qual se colocou à disposição para ajudar o ex-deputado e sua família de modo pessoal e profissional.

Fonte: Metro1

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