A família do gastrólogo baiano Filiphe Soares Braga, 29 anos, conseguiu arrecadar o valor necessário para trazer o corpo dele de volta para o Brasil, de acordo com a prima dele, Elizabeth Ávila. O dinheiro, estimado em R$ 58 mil, foi conseguido por meio de uma vaquinha online e de doações nas contas bancárias da família.

Elizabeth Ávila relatou que a família já entrou em contato com uma funerária do país de Malta, onde Filiphe morreu após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), e a previsão é que o corpo do gastrólogo chegue no Brasil no dia 15 de setembro.

De acordo com a prima do baiano, o corpo deve passar por exames toxicológicos e perícias, até ser encaminhado para ser sepultado em Salvador, cidade onde Filiphe nasceu e viveu durante quase toda a vida.

O prazo dado pelo poder público de Malta para que a família providenciasse o traslado era até 31 de dezembro deste ano. Caso o prazo não fosse cumprido, o sepultamento ocorreria no país, a cargo do Estado estrangeiro, nos termos da legislação local.

Por meio de nota, o Ministério das Relações Exteriores, através do Consulado-Geral do Brasil em Roma, informou que está à disposição para prestar assistência consular aos familiares de Filiphe. O órgão não custeia o traslado de brasileiros mortos no exterior, mas presta orientações gerais aos familiares e cuida da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito.

Morte de Filiphe

O gastrólogo baiano Filiphe Soares Braga, 29 anos, foi encontrado desacordado pelo colega de apartamento e foi encaminhado para o hospital, onde ficou intubado por dois dias. Em 18 de agosto, a equipe médica confirmou a morte cerebral.

A prima de Filiphe, Elizabeth Ávila, contou que a família foi notificada da morte depois de cinco dias e desde que soube do falecimento, estão todos os parentes estavam focados em conseguir dinheiro para o translado do corpo. Até este domingo, mais de R$ 45 mil foram doados.

Lanches inspirados no universo geek

Em 2021, o g1 produziu uma matéria com o jovem que, na época, trabalhava com a venda de lanches inspirados no universo geek. Fantasiado de Homem-Aranha, Filiphe, que usava o nome artístico Rhaego Braga, saía pelas ruas da cidade abordava pessoas em pontos turísticos, sobretudo na região do Farol da Barra.

Um exemplo de produtos comercializados eram as coxinhas em formato de chapéu de bruxa e brigadeiros inspirados na bola do dragão da série Dragon Ball, além de itens do desenho Pokémon. Os trabalhos também eram divulgados nas redes sociais, por onde também eram feitas as encomendas da "Gastronomia Geek".

Segundo a família, em maio deste ano, Filiphe se mudou para Malta, um país de pouco mais de 500 mil habitantes, situado na região central do Mediterrâneo, entre a Sicília e a costa do Norte da África. O objetivo do jovem era buscar novas oportunidades, principalmente de trabalho.

Fonte: g1

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