A Polícia Civil (PC) da Bahia finalizou o inquérito policial sobre a morte da adolescente Hyara Flor Santos Alves, que aconteceu em julho deste ano. O caso foi concluído e encaminhado para a Justiça, na quinta-feira (10/8). O anúncio foi feito nesta sexta-feira (11/8).

De acordo com a investigação do caso, o tiro que matou a adolescente foi disparado pelo cunhado da adolescente, de 9 anos, quando a criança e Hyara brincavam com a arma no quarto dela. Essa versão já havia sido apontada pelos familiares do companheiro e do cunhado de Hyara, mas era rechaçada pela família da garota.

Ainda segundo a Polícia Civil foram analisados laudos periciais, e 16 pessoas foram ouvidas, entre elas, duas crianças que prestaram depoimento especial com a presença de promotor de Justiça da Promotoria da Infância e da Juventude do Ministério Público da Bahia.

Também foram analisadas imagens de câmera de vigilância do endereço do fato, documentos e mensagens de celular e redes sociais, além de apurações em campo. A sogra de Hyara Flor foi indiciada por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo, considerando que a pistola utilizada no crime pertencia a ela.

Além disso, um tio de Hyara foi indiciado por disparo de arma de fogo, referente a tiros deflagrados contra a residência do casal de adolescentes.

O adolescente, ex-companheiro da vítima, apreendido no Espírito Santo, foi ouvido por meio de vídeo conferência pela juíza da comarca de Guaratinga. De acordo com a Polícia Civil, a permanência na internação socioeducativa será definida pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário.

Relembre o caso

Hyara Flor, de 14 anos, foi morta após ser baleada no queixo, dentro da casa em que ela vivia com o marido. O crime aconteceu no dia 6 de julho e a adolescente foi socorrida para Hospital Municipal de Guaratinga, mas não resistiu.

Dentro da casa, foi encontrado uma pistola calibre 380, com dois carregadores e munições. Os objetos foram apreendidos e encaminhados à perícia. A necropsia do corpo provou que o tiro fez com que a garota asfixiasse no próprio sangue, até a morte.

O crime aconteceu apenas 45 dias após o casamento dela com outro adolescente de 14 anos, que também faz parte da comunidade cigana. O jovem está apreendido no Espírito Santo.

Fonte: g1

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