Mais dois suspeitos de terem participado do confronto que resultou na morte do policial federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida, de 42 anos, morreram após resistirem à prisão na manhã deste domingo (17/9), no subúrbio de Salvador. Com isso, o número de suspeitos mortos em confronto com a polícia sobe para sete; um foi preso.

Neste domingo, a polícia ainda localizou mais armas, rádios comunicadores e peças de uma motocicleta roubada. Veja o que já foi apreendido desde o começo da operação:

  • Três fuzis
  • Uma carabina
  • Uma submetralhadora
  • Três pistolas
  • Carregadores
  • Munições
  • Rádios comunicadores
  • Peças de uma motocicleta roubada.

O operação começou na sexta-feira (15), na região de Valéria, também na capital, quando o policial federal Lucas Caribé e quatro suspeitos morreram em confronto. Outros dois agentes (um da Polícia Federal e outro da Civil) ficaram feridos.

O policial Lucas Caribé chegou a ser socorrido com os outros dois agentes para o Hospital Geraldo Estado (HGE), na capital baiana, mas chegou à unidade sem vida. Um dos policiais feridos passou por cirurgia no olho.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), os quatro homens que morreram na sexta-feira são suspeitos de fazer parte do grupo criminoso que trocou tiros com os policiais. Dois morreram no momento do tiroteio, e os outros, horas depois, em uma região de matagal, entre os bairros de Valéria e Rio Sena, durante a fuga.

No sábado (16), a Polícia Civil confirmou a morte do quinto suspeito de ter participado do confronto que resultou na morte do policial federal. Ele foi morto após trocar tiros com equipes da Companhia de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) e da Polícia Federal no bairro de Mirantes de Periperi, que fica próximo do bairro de Valéria, onde aconteceu o confronto da sexta-feira.

Os agentes chegaram ao local após receberem denúncia anônima. A polícia tentou abordar um grupo, houve revide e confronto. De acordo com a SSP, o suspeito foi atingido e socorrido para o Hospital do Subúrbio, onde morreu. O restante do grupo conseguiu escapar. Com ele, foram encontrados uma submetralhadora calibre 9mm, carregador e munições.

Por meio de nota, a SSP-BA informou que o homem tinha passagem na polícia por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Ele foi apontado pela SSP como comparsa dos outros quatro homens que morreram em Valéria. A Polícia Civil informou que ele usava tornozeleira eletrônica e que fazia parte de um grupo criminoso.

Ainda no sábado (16), o sexto suspeito de ter participado do confronto que terminou com a morte do policial federal foi preso no Residencial Parque das Bromélias, também localizado na capital baiana.

Informações preliminares divulgadas pela SSP-BA indicam que o suspeito, que possuía mandado de prisão, estava no bairro de Valéria durante o confronto. Ele foi apontado como "puxador do bonde" para a facção — quem liderou o ataque. O homem foi apresentado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde a ordem judicial foi cumprida.

Na manhã deste domingo (17), outros dois suspeitos de terem participado do confronto que resultou na morte do policial federal morreram depois de uma troca de tiros com a polícia. Equipes da Rondesp BTS patrulhavam a região, enquanto policiais civis e federais ocupavam outras áreas da localidade.

Segundo a SSP-BA, os suspeitos foram avistados quando saíam de uma área de mata fechada e tentavam se esconder em um apartamento no Conjunto Paraguari II, no bairro de Periperi.

Na tentativa de prisão, a dupla teria atirado contra os policiais, que revidaram. Houve uma troca de tiros, os suspeitos foram baleados, socorridos, mas não resistiram. Com eles foram apreendidos um fuzil calibre 5,56, uma carabina calibre 9mm, carregadores e munições.

As polícias Militar, Civil e Federal seguem com as ações de inteligência contras as facções. Informações sobre os criminosos que atuaram no confronto em Valéria podem ser repassadas, de forma anônima, através do telefone 181 (Disque Denúncia da SSP).

Ações de combate ao crime organizado

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) e a Polícia Federal se reuniram no sábado (16), para discutirem ações de combate ao crime organizado e ampliação de esforços para que sejam encontrados todos os suspeitos de envolvimento no confronto que resultou na morte do policial federal Lucas Caribé.

Na reunião, que aconteceu no Centro de Operações e Inteligência (COI) da SSP, situado no Centro Administrativo da Bahia (CAB), estiverem presentes o secretário da Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, o diretor Executivo da PF, Gustavo Paulo Leite de Souza, o diretor de Inteligência da PF, Rodrigo Morais Fernandes, o superintendente Regional da PF na Bahia, Flávio Albergaria, e integrantes das Polícias Militar e Civil. Eles discutiram novas ações de inteligência e de repressão qualificada.

De acordo com Werner, todos os recursos estaduais e federais estão disponíveis. Ele destacou que o trabalho integrado entre a SSP-BA e a Polícia Federal está focado no combate às facções criminosas.

Desde agosto, a Polícia Federal participa de operações na Bahia como parte de um acordo de cooperação entre o governo estadual e federal para reprimir a criminalidade no estado.

O grupo criminoso se escondeu em uma região de mata fechada, do bairro periférico da capital baiana, de acordo com a secretaria da segurança da Bahia.

Valéria fica em um ponto considerado estratégico para o tráfico de drogas e é palco de constantes confrontos entre facções criminosas de atuação local e nacional. A região margeia duas rodovias, a BR-324 e a BA-528, conhecida como Estrada do Derba, onde ocorreu a operação. A localidade está em um dos limites de Salvador, próximo ao município de Simões Filho, e tem extenso matagal.

Segundo dados do Monitor da Violência, a Bahia é o estado com maior número de mortes violentas no primeiro trimestre de 2023.

Fonte: g1

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