O comandante de uma das principais brigadas do Hamas, Ayman Nofal, foi morto pelos ataques aéreos de Israel nesta terça-feira (17/10) durante uma ofensiva com mísseis ao campo de refugiados Bureij, na Faixa de Gaza. A informação é das forças militares israelenses.

Além do líder militar extremistas, outras 14 pessoas também foram mortas na operação, que focava, ainda segundo Israel, em uma casa pertencente a outro dirigente do Hamas, Ismail Haniveh.

O Exército de Israel afirmou que parte das funções de Nofal era justamente os ataques ao país e suas forças de segurança, e que ele estaria anteriormente envolvido com o desenvolvimento de armas, além do sequestro de um soldado israelense em 2006. Nofal também era considerado um oficial dominante, e próximo do líder militar Muhammad Deif.

A organização ainda destacou que Nofal foi responsável por ataques a civis em meio ao conflito entre Israel e Hamas. “Nofal dirigiu muitos ataques contra civis israelenses(…). Nós não vamos parar até eliminarmos o Hamas”, ressaltou a Força de Israel, ao confirmar a morte de Nofal.

“Os membros do Hamas tem apenas duas opções: morrer em suas posições ou se render. Não existe terceira opção. Nós vamos eliminar a organização e desmanchar todas suas capacidades”, assegurou o ministro da Defesa israelense, Yoay Gallant.

Mais cedo nesta terça (17/10), o ministro da Defesa israelense, Yoay Gallant, havia dito que o grupo Hamas “tinha apenas duas opções: se render ou morrer”. Ele também disse, na semana passada, que “a Isis de Gaza não existirá em nossas fronteiras. As Forças de Defesa de Israel irão destruir o Hamas”.

Avanço da guerra

A Organização das Nações Unidas (ONU) criticou o conflito novamente, nesta terça-feira (17/10). Dessa vez, chamou atenção para os civis, que têm sido duramente atingidos. Só até o domingo (15/10), a guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas havia registrado 4.070 óbitos entre os dois povos. O Ministério da Saúde palestino contabilizou 2.670 mortes no conflito. Já a Embaixada de Israel informou que 1,4 mil pessoas perderam a vida. Além disso, há mais de 13 mil feridos, sendo 3,5 mil em Israel e 9,6 mil em Gaza.

O ataque à Faixa de Gaza ocorrerá “muito em breve”, de acordo com o discurso do porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, transmitido na noite do último sábado (14/10). Ele, contudo, não afirmou quando a ofensiva ocorreria, mas reforçou o pedido para que civis se dirigissem ao sul de Gaza.

O aumento da tensão no Oriente Médio tem acendido um alerta global. Os líderes latino-americanos não consiguem entrar em um consenso, e até o presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, disse que a invasão da Faixa de Gaza por parte de Israel é “um grande erro”, ao mesmo tempo firmou apoio à nação israelense, por exemplo. O presidente russo, Vladimir Putin, diz tentar um cessar-fogo. O mesmo ocorre com a ONU, que também não tem um consenso sobre a situação, e teve o acordo contra guerra travado. A expectativa é que o assunto seja retomado nesta terça-feira (17/10).

Fonte: Metrópoles

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