Um juiz foi assassinado a tiros no bairro de Candeias, no município de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife (PE), na noite da quinta-feira (19/10). Paulo Torres Pereira da Silva, de 69 anos, foi executado às 20h18 na Rua Maria Digna Gameiro, perto da esquina com a Rua José Olímpio da Cunha.

Segundo a investigação, o juiz dirigia o próprio carro quando foi cercado por um veículo vermelho onde estavam criminosos armados, que dispararam várias vezes contra a vítima e fugiram em seguida. Até a última atualização desta reportagem, a polícia não havia informado sobre a motivação do crime e sobre a identificação e prisão dos assassinos.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamada. No entanto, quando os socorristas chegaram ao local, o juiz já estava morto. Ele foi executado a 300 metros do prédio onde morava.

Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Paulo Silva atuava na 21ª Vara Cível do Recife e já trabalhou como desembargador substituto. Ele tinha mais de 30 anos de magistratura.

O carro do juiz bateu em um muro no local do crime. O veículo foi levado para a Unidade de Transporte e Oficina (Unitof) da Polícia Civil, localizada no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife, para passar por uma perícia.

O que dizem as polícias

  • A Polícia Militar informou que recebeu, às 20h30, um chamado sobre um homicídio em Barra de Jangada e que as investigações ficam a cargo da Polícia Civil;
  • A Polícia Civil iniciou a investigação do caso e declarou que "mais informações poderão ser repassadas em breve, após as diligências iniciais".

STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, prestou solidariedade à família e aos amigos da vítima.

Barroso informou que conversou com o presidente do TJPE e que está em contato com as autoridades para apuração rápida do caso.

Ainda segundo o presidente do STF, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acompanhará os desdobramentos para garantir que a justiça seja feita.

TJPE

Em nota, o Tribunal de Justiça de Pernambuco declarou que:

  • Manifesta profundo pesar pelo assassinato do juiz e deseja que "Deus conforte os corações de familiares, parentes e amigos" da vítima;
  • "O magistrado era muito querido por todos que fazem o Judiciário pernambucano";
  • Entrou em contato com as autoridades policiais de Pernambuco;
  • "Prestará todo o apoio necessário para o rápido esclarecimento do crime e a responsabilização dos culpados".

Amepe

Também por meio de nota, a Associação dos Magistrados de Pernambuco (Amepe) declarou que:

  • Presta solidariedade a todos os familiares e amigos de Paulo Torres Pereira da Silva;
  • "Manifesta repúdio e indignação à violência que culminou na morte do magistrado";
  • "Está acompanhando o caso junto às autoridades competentes";
  • "Espera uma investigação célere sobre as circunstâncias que ocasionaram a morte do magistrado, com a punição dos responsáveis com o rigor da lei".

OAB

A seccional Pernambuco da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou, em nota, que:

  • Expressa "seu mais profundo pesar" pela morte de Paulo Torres Pereira da Silva;
  • Nos mais de 30 anos dedicados à magistratura, ele "atuou com honradez e comprometimento com a justiça";
  • Vai "acompanhar e exigir das autoridades competentes, como deve ocorrer em todos os casos, investigação rápida e eficaz que leve à responsabilização dos culpados por esse crime brutal";
  • Prestou solidariedade à família, aos amigos e a todos os integrantes do Judiciário pernambucano "neste momento de dor";
  • Vai permanecer resiliente na busca por justiça e paz;
  • Adiou o ato de desagravo que estava previsto para acontecer as 11h desta sexta-feira (20), em frente ao Fórum Trabalhista de Olinda.

TRE

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE) divulgou uma nota na qual disse que:

  • "Recebeu com profunda consternação" a notícia do assassinato do juiz, que já atuou na função eleitoral;
  • Deseja aos familiares, amigos e colegas de trabalho do magistrado "nossos sentimentos e o desejo de que as autoridades policiais atuem com rigor na apuração do caso".

Fonte: g1

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