A primeira oportunidade de emprego é sempre um motivo para comemorar, mas o que gerou alegria se tornou um trauma para uma jovem de 17 anos. Finalizando sua primeira semana de trabalho, ela acusa o dono de uma empresa, localizada em dois shoppings da capital baiana, de assédio.

A jovem relatou que ao chamar o proprietário do estabelecimento para falar sobre o pagamento do valor de transporte, foi convidada para conversar em uma sala dentro da loja. No local, em meio ao diálogo, o homem teria aberto a foto do perfil do whatsapp da garota e dado zoom na imagem.

Chamei ele para conversar sobre como iria ficar o transporte, ele me levou para uma sala que fica em cima. Chegando lá, conversando sobre o transporte, ele foi no perfil do meu whatsapp, deu zoom nos meus seios e perguntou se ele poderia ver, iniciou a jovem.

Em seguida, ela contou que ao negar, ele estendeu a mão e tocou em seus seios.

Eu disse que não e quando vi ele já estava pegando. Eu fiquei sem saber o que fazer, sem reação porque era primeira vez que isso estava acontecendo comigo e a ficha não caiu, completou.

A garota ainda relatou ao BNews que o acusado ficou um tempo com a foto aberta e falou que a mesma deveria alterar a foto quando fosse contratada, pois aquela "acelerava o coração dele". Após o ocorrido, ela retornou ao ambiente de trabalho e quando realmente percebeu o que tinha acontecido, precisou ser acolhida pelas colegas.

A mãe da jovem, que prefere não ser identificada, buscou as primeiras orientações através do número 190, onde foi aconselhada a comparecer à delegacia mais próxima para seguir com os trâmites legais.

Emocionada, ela descreveu o que sentiu no momento em que recebeu a informação do que a filha havia passado.

Eu fiquei desesperada porque é o primeiro emprego dela, embora ela tenha uma filha de três meses, é uma criança pra mim. E independente dela ter uma filha, a gente fica preocupada, disse a mãe da jovem.

Ela ainda acrescentou a preocupação em possivelmente outras jovens já terem passado ou passarem pelo mesmo que a filha viveu.

Se isso não vir a público, como vai parar ele de fazer o mesmo com outras adolescentes? Além do trauma que fica, até para procurar outro trabalho, descreveu.

A advogada da vítima, Clarice Aragão, explicou quais as medidas legais estão sendo tomada.

Vamos registrar o boletim aqui na Dercca, para dar continuidade nas investigações, que é o primeiro passo. Ele será intimidado através da delegacia para prestar esclarecimentos, informou.

A vítima foi procurada pelo acusado, na última segunda-feira (8), para saber se retornaria ao trabalho, mas ao ter a resposta negativa com a justificativa pelo ocorrido, o mesmo não respondeu.

O BNews tentou contato com o proprietário da empresa, mas até o momento não teve retorno.

Fonte: BNews

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