Grupos pró-Ucrânia de combatentes russos disseram que lançaram ataques em duas regiões da Rússia nesta terça-feira (12), horas depois de Kiev ter disparado uma onda de drones contra alvos em todo o país.

A Legião da Liberdade para a Rússia, um grupo de dissidentes russos que lutam pela Ucrânia e que já assumiu a responsabilidade pelas incursões na Rússia, afirmou ter obtido controle total da aldeia de Tyotkino, na região russa de Kursk. Não foi possível verificar as afirmações de forma independente.

O grupo, composto por algumas centenas de voluntários russos anti-Kremlin, endurecidos pela batalha, que lutam como parte das forças armadas da Ucrânia, também disse ter destruído um veículo blindado de transporte de pessoal dentro da Rússia.

Um outro contingente de combatentes russos pró-Ucrânia, o Batalhão Siberiano, escreveu nesta terça-feira no Telegram: 

Bem, finalmente chegamos em casa. Tal como prometido, estamos trazendo liberdade e justiça à nossa terra russa.

Um terceiro grupo, o Corpo de Voluntários Russos (RDK), também afirmou estar envolvido na luta.

Pedimos um comentário do Ministério da Defesa ucraniano e aguardamos retorno.

O Ministério da Defesa russo pontuou que “formações terroristas ucranianas” com tanques e veículos blindados tentaram cruzar a fronteira de três direções na manhã de terça-feira, mas ressaltou que os ataques foram “frustrados”.

A pasta comentou que os ataques foram lançados na aldeia de Odnorobovka, na região ucraniana de Kharkiv, e nas aldeias russas vizinhas de Nekhoteevka e Spodariushino, em Belgorod.

“O inimigo foi atingido pela aviação, forças de mísseis e artilharia”, destacou o ministério, dizendo ter “eliminado” cinco tanques e um veículo blindado de transporte de tropas em Nekhoteevka e Spodariushino.

O ministério também afirmou que suas forças mataram 60 soldados ucranianos perto de Odnorobovka que tentavam entrar na Rússia.

Além disso, foi dito que quatro outros ataques foram lançados perto do território de fronteira da região russa de Kursk, ao norte de Belgorod, mas que a Ucrânia “sofreu perdas significativas” e foi repelida.

A região russa de Belgorod sofreu vários ataques transfronteiriços desde que Moscou lançou a invasão em grande escala na Ucrânia, há mais de dois anos, enquanto Kiev tentava levar a guerra para a Rússia.

Em maio de 2023, a Legião Liberdade para a Rússia assumiu responsabilidade por uma incursão em Belgorod.

Nos meses seguintes, a Ucrânia começou a atacar a região com bombardeamentos e ataques com drones, o que levou o Kremlin a se comprometer a melhorar as defesas aéreas de Belgorod.

Ataque de drones

Anteriormente, o Ministério da Defesa da Rússia disse que as suas defesas aéreas tinham interceptado e destruído dois drones sobre Moscou, sete sobre Belgorod, 11 sobre Kursk, dois sobre Oryol e um sobre as regiões de Leningrado, Bryansk e Tula.

Um dos drones atingiu um depósito de petróleo na região de Oryol, causando um incêndio que o governador informou ter sido extinto. Nenhuma vítima foi relatada.

O governador de Belgorod acusou a Ucrânia de usar um drone para lançar quatro explosivos sobre a região. Ele observou que não houve vítimas, mas houve danos na linha de energia, deixando sete assentamentos sem eletricidade.

As crianças em idade escolar em Kursk também passarão para ensino remoto devido a “preocupações de segurança”, anunciou o governador da região nesta terça. A decisão afetará mais de 4.500 estudantes em 34 escolas nos distritos de Sudzhansky e Glushkovsky.

Mais tarde nesta terça, a Rússia teria disparado contra a cidade de Kryvyi Rih, no sul da Ucrânia, cidade natal do presidente Volodmyr Zelensky.

Pelo menos três pessoas morreram e 30 ficaram feridas depois que um incêndio eclodiu em um prédio residencial após um “ataque inimigo”, ressaltou um chefe militar regional no Telegram.

Fonte: CNN

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